Um recente estudo da Oliver Wyman revelou que 41% dos viajantes de lazer afirma ter utilizado ferramentas de Inteligência Artificial (IA) para se inspirarem ou planearem as suas viagens, isto corresponde a um aumento significativo quando comparado aos 34% registados em agosto de 2023.
O estudo, “Why Generative AI is a Game Changer for Leisure Travel”, baseia-se nos resultados de dois inquéritos a cerca de 2.100 consumidores nos EUA e no Canadá em agosto de 2023 e março de 2024 e conclui que um número crescente de consumidores está a incorporar a IA generativa nos seus hábitos de consumo.
58% dos inquiridos e 82% dos que utilizaram recentemente a IA generativa estão dispostos a recorrer a estas ferramentas para planear novas viagens. Segundo o relatório, esta é uma tendência que continuará a aumentar, graças ao grau de satisfação dos utilizadores com as recomendações de viagem geradas por esta tecnologia.
O crescimento da adoção da IA está relacionado com as melhorias na tecnologia e com a evolução das expetativas dos consumidores. Os viajantes valorizam, cada vez mais, a facilidade de utilização, as possibilidades de personalização e a capacidade de simplificar processos complexos.
O perfil dos utilizadores
Os jovens, os membros de programas de fidelização de elite e os viajantes frequentes de cruzeiros são os maiores entusiastas da IA. De acordo com a análise, 59% dos inquiridos com menos de 45 anos utilizou-a recentemente para planear as suas viagens, face aos 31% dos inquiridos com mais de 45 anos.
45% dos membros de programas de fidelização de elite utiliza a IA para o mesmo fim, tal como 54% dos entusiastas de cruzeiros. Entre os cruzeiristas mais jovens, o entusiasmo é ainda maior, com 82% dos que têm menos de 45 anos a utilizar ferramentas de IA generativas.
O relatório da Oliver Wyman também vê uma adoção dessa tecnologia em viagens de custo moderado a alto e duração moderada de quatro a dez noites. Esta é utilizada com mais frequência quando as pessoas viajam sozinhas ou em família.
Riscos para as empresas que não investem em IA
O relatório alerta para o facto das empresas do setor que não investem em IA generativa poderem enfrentar riscos financeiros significativos. Se as agências de viagens online (OTA) continuarem a ganhar quota de mercado devido à adoção destas tecnologias, as empresas de viagens tradicionais poderão perder uma parte significativa das suas receitas.
Além da perda de quota de mercado, o estudo salienta que não investir nesta tecnologia significa perder a oportunidade de melhorar a eficiência operacional e a experiência do cliente. Por esta razão, as empresas que não a adotarem poderão encontrar-se em desvantagem competitiva, incapazes de oferecer o nível de personalização e conveniência que os consumidores de hoje exigem.






