Segunda-feira, Dezembro 9, 2024
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73% dos europeus planeia viajar este verão apesar da pandemia, da inflação e da guerra

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O sentimento de viagem entre os europeus continua forte, com 73% a planear embarcar numas férias entre junho e novembro de 2022 apesar de várias preocupações, incluindo a elevada inflação, a crise russo-ucraniana e a pandemia em curso. O interesse em visitar outros destinos europeus (58%) tem aumentado significativamente (+7%) desde o verão passado. 31% dos inquiridos planeia visitar um país europeu adjacente e 27% um país não vizinho, de acordo com a mais recente investigação da Comissão Europeia de Viagens (ETC).

Os principais destinos de viagem populares continuam a ser Espanha, França e Itália (10% cada), seguidos pela Grécia (7%), em quarto lugar, e Croácia (6%), que entra nos cinco primeiros pela primeira vez. Portugal encontra-se em sétimo lugar da lista (4.9%), atrás da Alemanha (5.2%) e à frente da Turquia (4%). A maioria dos europeus planeia viajar durante junho e julho (41%), ou agosto-setembro (42%), com a maioria a favorecer estadias entre quatro a nove noites.

O tempo agradável, as ofertas atrativas e menos multidões são fatores decisivos na escolha de um destino de férias, enquanto que passar tempo na natureza (19%), provar a gastronomia local e as iguarias regionais (16%) e mergulhar no estilo de vida de um destino (16%) são os fatores que os viajantes mais aguardam.

Estes dados provêm da mais recente investigação sobre Monitorização do Sentimento de Viagens Domésticas e Intra-Europeias, da Comissão Europeia de Viagens (ETC), que fornece conhecimentos sobre as intenções e preferências de viagens a curto prazo dos europeus.

Comentando a investigação, Luís Araújo, Presidente da ETC, declarou: “É encorajador ver o setor das viagens na Europa a recuperar fortemente, proporcionando otimismo para um verão empolgante para os destinos europeus. Ainda assim, não podemos ignorar os desafios que persistem nos próximos meses. Além do aumento da inflação, existe uma aguda escassez de talentos em todo o setor, na sequência da pandemia. A ETC exorta a UE e os governos europeus a refletirem sobre a melhor forma de enfrentar estes desafios e de apoiar o setor”.

Confiança nas viagens aumenta apesar da crescente preocupação em torno da inflação

A insegurança sobre as finanças pessoais dos europeus aumentou 7% desde o verão passado (13% no verão de 2022, comparado com 6% no verão de 2021). De facto, a inflação e o aumento dos custos das viagens tornaram-se a principal inquietação, preocupando 18% dos turistas. Como resultado, as ofertas mais atrativas do ponto de vista financeiro tornaram-se mais importantes para os europeus na seleção do seu próximo destino de férias (15% em maio de 2022, em comparação com 6% em maio de 2021).

Apesar destas preocupações, a confiança nas viagens está a crescer, tendo 53% dos inquiridos reservado total ou parcialmente a sua próxima viagem. Dos inquiridos que estão abertos a viajar nos meses seguintes, 34% farão apenas uma viagem, enquanto 38% planeiam viajar duas vezes. Notavelmente, 20% dos europeus planeia fazer mais de três viagens.

Apesar da maior confiança, quase metade das viagens (49%) planeadas para os meses de junho ou julho ainda não foram totalmente reservadas. Isto sugere que muitos dos viajantes estão a aguardar por ofertas de última hora, com preços mais atrativos.

Sentimento de viagem resiliente face à covid-19 e à crise Russo-Ucraniana

Mais de um terço dos europeus declara que os seus planos de viagem não são afetados pelo vírus. O desejo de ver protocolos de saúde e segurança rigorosos em vigor nos destinos de viagem desceu ao seu ponto mais baixo desde o inicio da pandemia (agora 55%, contra 67% em março de 2022). O desejo de viajar durante o verão é mais forte entre as pessoas com 55+ (79%), possivelmente para compensar dois anos de relativa inércia de férias causada pela pandemia.

Embora as tensões geopolíticas não tenham afetado a maior parte (44%) dos europeus com planos de viagem, 31% dos viajantes modificaram as suas viagens devido à guerra na Ucrânia, enquanto que apenas 4% cancelaram completamente as suas férias.

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