Sábado, Dezembro 7, 2024
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77% dos europeus planeia viajar entre abril e setembro deste ano

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Apesar da incerteza causada pela invasão da Ucrânia e da ameaça contínua da covid-19, três em cada quatro europeus pretendem fazer uma viagem nos próximos seis meses, sendo os destinos mediterrânicos os mais atrativos. Estes dados foram divulgados no último relatório da Comissão Europeia de Viagens (ETC), que observa que 77% dos europeus tem planos de viagem entre abril e setembro de 2022.

O verão de 2022 promete fortes viagens intra-europeias

Com a aproximação do verão, uma percentagem crescente de europeus (77%) está ansiosa por viajar entre abril e setembro de 2022. Mais de metade dos viajantes (56%) planeia visitar outro país europeu, enquanto 31% prefere as viagens domésticas.

Em todos os mercados analisados, os inquiridos da Itália, Espanha, Polónia, Reino Unido, e Alemanha demonstram o maior otimismo em relação à realização de uma viagem (>80%). As intenções de viajar aumentam com a idade, passando de 69% entre a geração Gen Z (18-24 anos de idade) para 83% entre a geração baby boomer (mais de 54 anos de idade).

Os resultados do inquérito confirmam que os planos de viagem dos europeus seguem um padrão sazonal, sendo o sol e as férias na praia a opção preferida para os próximos meses (22%). O interesse pelas city breaks, ou pausas na cidade, (15%) e férias junto à água ou à costa (15%) também se mantém estável.

De acordo com estas preferências de férias, a popularidade dos destinos mediterrânicos cresce: Espanha é o destino mais favorecido entre os europeus que viajam para o estrangeiro entre abril e setembro de 2022, seguida pela Itália, França, Grécia e Portugal.

Com a aproximação do verão, a maioria dos europeus com planos de viagem pretende tirar férias de 4-6 noites (33%) ou 7-9 noites (27%). Apenas 25% planeia uma viagem de 10 noites ou mais, na sua maioria, de carácter familiar. Por outro lado, os casais preferem fortemente as micro-trips (até 3 noites).

Sentimento de viagem resiliente apesar do conflito Rússia-Ucrânia e do aumento do custo de vida

Embora o inquérito tenha sido conduzido durante as primeiras semanas da invasão russa da Ucrânia, o sentimento e comportamento de viagem dos europeus ainda não foram afetados pelo conflito, de acordo com a ETC. Em particular, os polacos, que são vizinhos da Ucrânia, mantêm um sentimento de viagem estável, acima da média europeia. A duração prevista da sua estadia e os seus orçamentos permanecem consistentes com os dados recolhidos na mesma altura no ano passado. Além disso, o interesse pelos destinos da Europa de Leste mantém-se inalterado, refletindo o impacto limitado do conflito em curso nas viagens intra-europeias até à data.

Uma parte crescente dos viajantes europeus planeia gastar 500 a 1500 euros (agora 51%, +8% em comparação com o inquérito anterior) com uma respetiva queda nos orçamentos mais elevados (-8% para mais de 2000 euros), potencialmente devido às crescentes preocupações com a inflação.

Ao mesmo tempo, embora haja mais certezas relativamente a quando e onde será a próxima viagem, apenas 25% dos europeus que estão prontos para viajar já reservaram completamente a viagem, o que indica um nível limitado de compromisso financeiro.

As preocupações com a covid-19 diminuem

À medida que as restrições de viagem, impostas pela pandemia de covid-19, são atenuadas e os europeus aprendem a viver no meio da pandemia, a percentagem dos europeus que realizam os seus planos de viagem originais continua a aumentar constantemente (agora 27%, em comparação com 16% em dezembro de 2021).

A flexibilidade nas políticas de cancelamento (14%) e a ausência de restrições (13%) são agora os principais fatores que aumentam a confiança dos inquiridos no planeamento da sua próxima viagem dentro da Europa.

No entanto, os inquiridos reconhecem que a covid-19 continua a ser uma fonte de preocupação quando se viaja. 17% dos europeus preparados para viajar estão preocupados com as medidas de quarentena e outros 15% com possíveis alterações nas restrições de viagem.

Comentando após a publicação do relatório, Luís Araújo, Presidente da ETC, afirmou: “O nosso relatório demonstra que a confiança europeia em viajar está a crescer agora que a covid-19 se tornou, em grande parte, uma parte da nossa vida. As novas incertezas no horizonte, nomeadamente o conflito em curso na Ucrânia e o aumento do custo de vida, estão a apresentar desafios para o setor das viagens. No entanto, a ETC congratula-se por ver que, apesar destas incertezas, o apetite por viagens continua a aumentar e o setor do turismo europeu continua a ser resistente”.

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