A Itália e a Comissão Europeia (CE) concluíram “positivamente” as negociações que tinham vindo a travar há vários meses para o nascimento da nova Alitalia, batizada de ITA (Italia Trasporto Aereo).
O anúncio foi feito esta quinta-feira, dia 15, pelo Ministério da Economia e Finanças italiano, que indicou que a nova empresa estará “em pleno funcionamento” a partir de 15 de outubro, altura para a qual estão previstas as primeiras descolagens.
“O Ita poderá dar respostas às novas exigências do transporte aéreo numa perspectiva cada vez mais multimodal, integrada ao transporte ferroviário, e olhando com muita atenção para o desenvolvimento sustentável”, afirmou Mario Draghi, primeiro-ministro da Itália, segundo o Hosteltur.
A nova companhia aérea vai apostar na inovação e na digitalização, em linha com os princípios do Plano de Recuperação da pandemia aprovado por Roma.
O governo italiano já tinha afirmado, no ano passado, querer criar uma nova empresa, de nome Ita Spa, que receberia uma injeção inicial de 3 mil milhões de euros e assumiria os ativos saudáveis da Alitalia, mas a CE quer abrir um concurso a preços de mercado e aberto à concorrência.
Desde 2017, o Executivo italiano concedeu à Alitalia dois empréstimos no valor total de 1.300 milhões de euros, para garantir o seu funcionamento, dinheiro que nunca foi devolvido e que a CE está a investigar.
Além disso, desde o ano passado, a Alitalia recebeu cerca de 300 milhões de euros em ajudas para empresas afetadas pela pandemia, com a aprovação de Bruxelas.