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Airbus supera Boeing no mercado de aeronaves comerciais da Ásia-Pacífico, revela GlobalData

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Com uma forte carteira de encomendas de operadores de companhias aéreas e empresas de leasing sediadas na Índia, China e Singapura durante o período de 2020-2024, a Airbus fortaleceu a sua posição no mercado de aviões comerciais da Ásia-Pacífico (APAC), devido a vários problemas contínuos da Boeing, revelou a GlobalData.

Ao mesmo tempo que está a ser examinada por vários contratempos que envolvem a sua linha de aeronaves 737 Max, a Boeing “continua a perder terreno na região da APAC para um dos seus maiores concorrentes, a Airbus”, considerou a empresa.

O painel de encomendas e entregas de aeronaves comercias da GlobalData revela que, na região da APAC, a Airbus recebeu um total de 1.489 encomendas de aeronaves entre 2020 e março de 2024, em comparação com as 561 encomendas de aeronaves da Boeing.

“Clientes notáveis da Airbus na região, incluindo Indigo Airlines, Air India, China Eastern Airlines, China Southern Airlines e BOC Aviation, optaram por não encomendar à Boeing ou encomendaram menos unidades à Boeing em comparação com a Airbus”, afirmou Gone Sai Kiran, analista aeroespacial e de defesa da GlobalData.

“A Indigo Airlines tem o maior número de encomendas da Airbus, com 510 aeronaves, em comparação com nenhuma da Boeing. Por outro lado, a Air India encomendou 250 aeronaves à Airbus, complementadas por 220 aeronaves da Boeing. A BOC Aviation e a China Eastern Airlines encomendaram 107 e 100 aeronaves à Airbus, respetivamente, omitindo a Boeing da sua carteira de aquisições”, explicou.

O painel de controlo da GlobalData também revela que a Airbus ultrapassou a Boeing em termos de entregas. Entre 2020 e 2024, a Airbus entregou um total de 2.717 aeronaves e a Boeing entregou 1.594 aeronaves.

De acordo com a empresa, a Boeing, que tinha planos de aumentar a capacidade de produção do seu modelo de aeronave mais vendido, o 737 Max, está a enfrentar sérios desafios em várias frentes, já que a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) congelou os seus planos de expansão em janeiro de 2024, devido a uma auditoria contínua das suas linhas de produção existentes. A GlobalData prevê que esta situação afete ainda mais a taxa de entrega de aeronaves da Boeing nos próximos anos.

“As alegações em curso sobre as normas de qualidade da produção da Boeing e o decreto da FAA, que obriga as companhias aéreas a suspender as operações de alguns modelos de aviões da Boeing, levaram a vários cancelamentos de encomendas da Boeing. Estes acontecimentos têm sido favoráveis à Airbus, que está a ganhar vantagem competitiva neste mercado”, concluiu Kiran.

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