O tráfego nos aeroportos da ANA está globalmente a recuperar 80% em relação a 2019, embora essa recuperação “seja assimétrica e a diferentes velocidades” nos 10 aeroportos portugueses geridos pela empresa”, explica Francisco Pita, Chief Commercial Officer (CCO) da ANA, que esteve esta quinta-feira, dia 3, a participar num painel do congresso da APAVT, que decorre em Aveiro.
Se por um lado nos aeroportos dos Açores e da Madeira a recuperação tem sido mais rápida, em aeroportos como Lisboa e Porto existe uma grande percentagem de tráfego relacionado com a visita a familiares. Já no Algarve, o segmento de lazer recupera mais rápido, mas a abertura e fecho do mercado do Reino Unido levou “a flutuações muito grandes”.
Nem sempre as previsões da ANA bateram certo com a realidade da pandemia, com Francisco Pita a admitir mesmo que a gestora dos aeroportos teve de ser mais cautelosa.
“Se por um lado andámos a errar previsões nos últimos 20 meses, também andámos a fazer coisas nos aeroporto que nunca pensámos fazer. A flexibilidade e a agilidade das equipas operacionais dos aeroportos para preparar, às vezes no espaço de poucos dias, as infraestruturas para ir ao encontro das medidas sanitárias, foi extraordinário. Por isso, é merecido um reconhecimento às equipas operacionais, que olharam para estas novas medidas como mais um desafio- mas também um reconhecimento a todo o setor do turismo. Se tivemos passageiros para processar durante estes 15 meses e se tivemos condições para recuperar isso deve-se muito às pessoas desta sela não terem baixado os braços.