Sexta-feira, Janeiro 24, 2025
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APAVT: Portugal e Espanha devem ser “aliados” enquanto “maior destino do mundo”, defende Francisco Calheiros

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Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, esteve presente na abertura do Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT). O evento, que teve início esta quinta-feira, 24 de outubro, e decorre até dia 26, conta com 750 congressistas reunidos para debater o presente e o futuro do setor do turismo.

“Todos sabemos que estivemos a bater recordes até 2019, em 2020 e 2021 tivemos covid e em 2022, quando se discutia quem é que conseguia chegar primeiro aos números de 2019, Portugal foi o único país da Europa que conseguiu atingir os números de 2019, começou por dizer Francisco Calheiros. “Em 2023, [tivemos] os três números mágicos – 77, 30 25 –, ou seja, 77 milhões de dormidas, 30 milhões de turistas e 25 mil milhões de receitas, o que contribuiu decisivamente para o equilíbrio da nossa balança comercial”.

Relativamente aos últimos números disponíveis, que se referem a agosto de 2024, o responsável destacou que “continua a subir 4% o número de dormidas e, mais importante do que isso, a receita sobe mais de 10%, ou seja, o turismo continua a criar valor”.

“Para aqueles que dizem que os portugueses desistiram do Algarve e desistiram de Portugal, não é verdade”, frisou Francisco Calheiros. “Os portugueses subiram em Portugal e subiram no Algarve. Nunca nos podemos esquecer do maior mercado que nós temos: 30% das nossas dormidas são de portugueses”.

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal realçou que “o maior destino do mundo é a Península Ibérica, ou seja, se reunirmos Portugal e Espanha, temos o maior destino do mundo”. Desta forma, considera que “nós temos de ser aliados e o desafio é que temos de ser mais cooperantes”, indicando que “a Andaluzia com o Algarve é um belo exemplo”. “Todos estamos a lucrar se tivermos uma promoção mais conjunta entre Portugal e Espanha”, defende Francisco Calheiros.

De olhos postos nos próximos anos, falou sobre a importância de “ir para o futuro com uma gestão mais inteligente das cidades e dos territórios”, referindo-se à “turistificação”. “Nós não temos turistas a mais; nós temos, de facto, economia a menos e o que nós temos de desejar é que outros setores de atividade aprendam com o turismo para ver se têm a nossa performance”, afirmou.

Francisco Calheiros referiu ainda “o turismo com uma mobilidade sustentável, sobretudo aérea e ferroviária”. “Estou a falar de uma ferrovia que quase classifico como um aeroporto 2 porque há 20 anos que nada se decide, e a nossa TAP, num país periférico onde mais de 90% dos nossos turistas vêm por via aérea é evidente que todos temos de estar muito atentos, e a Confederação vai estar, à privatização da TAP”, acrescentou.

Quanto ao “futuro com investimento em infraestruturas”, abordou o novo aeroporto de Alcochete. “Já pedi para que se conhecesse o cronograma do aeroporto, que, se ele existe, que se faça público e que, se não existe, que se faça”, revelou. “É urgente termos uma alternativa. Ainda este mês, tivemos finalmente a aprovação do voo Seul-Lisboa, que é um turista tão importante”.

Francisco Calheiros mencionou ainda a importância de um “futuro com valorização dos profissionais do nosso turismo” e do “futuro com a inteligência ao serviço da atividade e das pessoas”.

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