Domingo, Março 23, 2025
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Apenas empresas que investem em inovação tecnológica se destacarão em 2024, prevê estudo

Em 2024, as empresas que se vão destacar são aquelas que demonstraram capacidade em inovar através da tecnologia para superar as mais diversas crises, prevê o mais recente estudo da International Data Corporation (IDC), “IDC FutureScape: Worldwide Future of Digital Innovation 2023 Top 10 Predictions”.

A consultora sublinha que as crises globais, incluindo a inflação, a ameaça de recessão, os constrangimentos da cadeia de abastecimento, o aumento dos custos dos combustíveis e a guerra “estão a tirar o sono aos executivos”. Muitos têm adotado uma abordagem conservadora, cortando custos e investindo apenas em negócios de baixo risco. No entanto, a consultora destaca que, dependendo do setor e do tipo de crise, “jogar pelo seguro pode ser mais arriscado do que investir em algo novo”.

Gabriel Coimbra, Group Vice President e Country Manager da IDC Portugal, citou exemplos de empresas como a Uber, Airbnb e Groupon, que surgiram durante a recessão de 2008, aproveitando tecnologias digitais inovadoras para revolucionar os mercados. “As empresas devem planear a utilização de tecnologias digitais para responder às necessidades dos clientes, que estão a mudar devido às crises mundiais. Sabemos que a inflação e as restrições da cadeia de abastecimento, por exemplo, afetam o status quo, o que significa que as organizações têm de mudar ou correm o risco de declínio”, afirma.

A IDC enfatiza a transição das empresas de uma estratégia de investimento em tecnologia focada na transformação digital para uma estratégia centrada na gestão do negócio digital. Logo, “um fator importante do negócio digital será a capacidade de inovar através do desenvolvimento de tecnologia diferenciadora e disruptiva”, estima o estudo. Além disso, a empresa sustenta que as organizações de TI “estão mais pressionadas do que nunca para aumentar a eficiência, a fim de dedicar o máximo de tempo e recursos à inovação”.

“Obter o máximo valor comercial da inovação digital requer normalmente mudanças significativas nos modelos de negócio. Os líderes de TI terão, cada vez mais, de compreender o negócio – incluindo o impacto de qualquer uma das crises globais – e fornecer ao negócio soluções inovadoras que produzam resultados estratégicos”, refere o estudo.

A IDC apresentou dez previsões para o futuro da inovação digital. Entre elas, destacam-se a expectativa de que, até 2024, as cinco principais empresas de cada setor serão aquelas que usarão a tecnologia para inovar e superar crises globais, como recessões e interrupções na cadeia de abastecimento. Além disso, a IDC prevê que, até 2026, 10% das empresas vão incentivar os consumidores a compartilhar dados confidenciais para criar ofertas não tradicionais e aprimorar a experiência do cliente. Outras previsões incluem o aumento da exploração de novos segmentos de clientes por 35% das empresas que desenvolvem algoritmos inovadores, a transição para que programadores dediquem 75% do tempo à inovação até 2028, e a expectativa de que 65% das receitas das 2.000 maiores empresas venham de produtos inteligentes até 2028.

Além disso, prevê-se que 75% dos líderes de mercado tenham programas de inovação digital até 2026 e que a partilha de dados com parceiros comerciais leve a um aumento de 10% nas receitas em comparação com as empresas que não o fazem. Até 2025, 85% dos CEOs do G2000 devem exigir informações baseadas em dados sobre a atividade de inovação, incluindo a eficiência dos programadores e os resultados comerciais. Prevê-se também que, até 2027, a percentagem de pessoas não relacionadas à tecnologia que contribuem para a inovação digital aumente de 5% para 45% para aquelas que passam 10 horas ou mais por semana nesse esforço. Por fim, até 2028, espera-se que 15 grandes empresas se destaquem por usar tecnologias digitais para influenciar as experiências dos clientes com o objetivo de estimular atualizações e substituições.

“Se a pandemia não forçou uma organização a orientar-se para a inovação digital, a multiplicidade dos constrangimentos, que vão desde a inflação à guerra, deveria fazê-lo. Acredito que os vencedores e os perdedores em cada setor serão determinados pela sua capacidade de fornecer inovação digital em escala, de forma ética, sustentável e repetida”, afirmou Nancy Gohring, diretora de investigação do programa Futuro da agenda de inovação digital da IDC.

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