Sábado, Dezembro 7, 2024
Sábado, Dezembro 7, 2024

SIGA-NOS:

Autónoma Tourism Talks: Primeiro episódio do vídeocast da Universidade Autónoma e do TNews já disponível

-PUB-spot_img
-PUB-spot_img

O TNews, em conjunto com a Universidade Autónoma de Lisboa, estreou esta segunda-feira, dia 15 de julho, um novo videocast intitulado “AUTÓNOMA TOURISM TALKS”.

Neste primeiro episódio, a convidada é Sónia Regateiro, diretora de operações e membro do conselho de administração do operador turístico Solférias. Indecisa entre escolher uma carreira no turismo ou em comunicação social, acabou por tirar uma licenciatura em turismo na Universidade do Algarve. Acabou o curso em 1995, fez um bacharelato, e tirou uma pós-graduação em marketing. O primeiro contacto de trabalho que teve foi na Sadotours, uma agência de viagens em Setúbal, terra natal de Sónia.

De seguida, iniciou o seu percurso no operador turístico Soltrópico, onde começou como incoming, passou para gestora de produto da parte das Américas, e depois foi promovida para diretora operacional da Soltrópico. Em 2010, apareceu o desafio da Solférias, o qual decidiu abraçar.

Para trabalhar na área, Sónia Regateiro revela no episódio que é preciso ter muita disponibilidade e que nem sempre é fácil conciliar a vida pessoal com a profissional. “Esta área exige muita disponibilidade e não é fácil para uma mulher, quando é mãe, ter de abdicar de algumas tarefas domésticas e da partilha do acompanhamento dos filhos, para se dedicar à carreira com a disponibilidade necessária. Se existe um problema, as pessoas têm de ser servidas na hora para que tenham o seu serviço garantido”, afirma.

No entanto, quando questionada se faria tudo igual, Sónia Regateiro afirma que “sim”. “Se não abdicássemos tanto de alguns momentos que temos em família, também não tínhamos outros tantos bons momentos que tivemos a vivenciar experiências”, disse.

Sónia não deixa de frisar que tem muita sorte por trabalhar no setor de turismo, o qual proporciona o contacto com realidades diferentes, e que permite conhecer novas culturas, pessoas e histórias que fazem a diferença. “Nós somos uns sortudos na área do turismo porque nós conseguimos ter ao nosso alcance experiências de vida. Para quem seja de uma classe média, não tem essa oportunidade de viver”, comenta.

Acrescenta ainda que tenta sempre contribuir para tornar a vida de alguém um pouco melhor. “Nós trabalhamos com destinos que têm carências muito grandes, especialmente em África. Tendo esta preocupação, nós damos e recebemos. Entramos numa roça com uma mala cheia de livros ou lápis de cor, e saímos com o coração cheio. E isto de voltar de coração cheio é uma experiência impagável”, conta.

Cabo Verde é a segunda casa de Sónia. Não consegue explicar a paixão, apenas senti-la, “a primeira vez que aterrei na ilha do sal, que foi em 1999, o piloto disse ‘bem-vindos a Cabo Verde’, e eu comecei a chorar. Existe uma ligação”, afirma. Um dos seus objetivos de vida é na reforma conseguir viver parte do seu tempo em Cabo Verde e fazer um projeto social para ajudar os outros.

Para Sónia, a indústria promove a paz, o bem-estar e a troca de experiências, “o lema da Solférias é precisamente ‘Viajar Aproxima’ e aproxima o quê? Aproxima países, aproxima pessoas, aproxima culturas e aproxima-nos do mundo global em que vivemos”.

No videocast, a responsável ainda falou da inovação do turismo da Solférias, face à inteligência artificial. “No serviço não há IA que nos valha. Ou seja, nós temos a inteligência artificial que logicamente nos vai auxiliar na automação de procedimentos e de processos, mas há uma coisa que depende de nós. Na Solférias é o seu potencial e os seus recursos humanos, que para nós são muito valiosos”. É o serviço prestado e o nível de atendimento que são, para Sónia, um fator diferenciador entre continuar ou não continuar no mercado do turismo.

Para os jovens profissionais que querem trabalhar no setor do turismo, Sónia deixou ainda uma mensagem de motivação. “Quem vem trabalhar na área de turismo tem de gostar de servir, se não gostar de servir, não vale a pena vir para a área. Servir não significa que a pessoa seja serviçal, nós temos de gostar de agradar. Se eu não gostar de falar com pessoas e se eu não gostar do contacto humano, estou no curso errado”, disse.

A entrevista foi conduzida por Gonçalo Rebelo de Almeida, coordenador do curso de Liderança em Hotelaria na UAL, e por Carina Monteiro, do TNews.

O AUTÓNOMA TOURISM TALKS irá para o ar quinzenalmente, nas redes sociais da Universidade Autónoma e do TNews.

-PUB-spot_img

DEIXE A SUA OPINIÃO

Por favor insira o seu comentário!
Por favor, insira o seu nome aqui

-PUB-spot_img