O presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, afirmou que recursos humanos, sustentabilidade ou a tecnologia devem ser incorporados na Estratégia Turismo 2035 para garantir o crescimento do setor.
Carlos Abade esteve presente no seminário “O Impacto do Turismo no Comércio e Desenvolvimento das Cidades”, promovido pela Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL), em Vila Real de Santo António (VRSA). De acordo com a agência Lusa, o responsável destacou a importância dos recursos humanos, sustentabilidade e tecnologia para o futuro do setor do turismo que, em 2023, representou 20% das exportações nacionais e gerou receitas de cerca de 25.000 milhões de euros.
“E isso resulta de um trabalho que tem vindo a ser feito por muitos, principalmente pelas empresas”, disse o presidente do Turismo de Portugal à Lusa, considerando que é “bastante significativo” o valor que tem sido gerado “para o setor do turismo, mas sobretudo para Portugal e para os outros sectores de atividade também”.
Carlos Abado sublinhou que, neste momento, a realidade é “diferente” de quando foi preparada a Estratégia 2027, em 2017, e que o turismo atual enfrenta “dimensões que são claramente mais desafiantes” para o seu desenvolvimento futuro.
“Temos o tema dos recursos humanos, por um lado o tema da captação de talento e por outro lado o tema da formação, da qualificação e da valorização dos profissionais do turismo”, apontou. Para o presidente do Turismo de Portugal, esta é “uma importante ferramenta na melhoria da qualidade de vida das pessoas e promoção do seu bem-estar”.
Outra das aspeto-chave para o futuro do setor do turismo é a “dimensão que tem a ver com o tema da sustentabilidade” e de “como é que se vai liderar este processo de transformação da economia” para que se torne cada vez mais ambientalmente sustentável.
“Já o estamos a fazer, temos um programa que se chama Empresas de Turismo 360°, onde estão envolvidas já centenas de empresas do sector do turismo que reportam ESG [Environmental, Social and Governance], portanto que reportam qual é o seu comportamento face às dimensões da sustentabilidade”, adiantou.
Também a tecnologia é uma chave para o crescimento do turismo e para a criação de riqueza, segundo Carlos Abade, que afirma que é importante aproveitar a inteligência artificial para que “efetivamente possa servir também para promover o país” e seja “importante para a gestão das próprias empresas”, tornando-as “mais eficientes”.
