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Carlos Moedas: “O aeroporto tem de estar em proximidade de Lisboa”

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“Sem esse aeroporto não temos futuro, todas as discussões que possamos ter não existem porque nós precisamos desse novo aeroporto”, referiu Carlos Moedas durante a VI Cimeira do Turismo Português que acontece esta terça-feira, dia 27 de setembro, em Lisboa, com o tema “O Turismo e o Novo mundo”. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa pediu rapidez na decisão do Governo e reforçou que “o aeroporto tem de estar em proximidade de Lisboa”.

O presidente apontou como “urgente” a decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa. “Sem esse aeroporto não temos futuro, todas as discussões que possamos ter não existem porque nós precisamos desse novo aeroporto”, defendeu.

Moedas fez dois pedidos ao Governo, o primeiro diz respeito à rapidez da solução, “os lisboetas querem rapidez, os que aqui estão querem rapidez, nós precisamos de uma decisão em 2023, façam-se os estudos necessários, não podemos esperar mais tempo”. O segundo critério indicado pelo presidente é a proximidade da capital, “o aeroporto de Lisboa é aeroporto internacional de Lisboa e, portanto, o aeroporto tem de estar em proximidade de Lisboa. Não estou a medir quilómetros, estou a medir proximidade e essa proximidade é extremamente importante para o turismo em Lisboa”.

“Este ano espero que consigamos atingir em Lisboa 80% da taxa de ocupação de 2019”

Carlos Moedas agradeceu ao setor do turismo pelo trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos e lembrou que o “o turismo não é só essencial para Lisboa, é crucial para a nossa cidade, [representa] 20% do PIB e 15% do emprego na nossa cidade, os números são claros”. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa citou Barack Obama, referindo que “mais dinheiro gasto por mais turistas, é igual a mais empresas e mais emprego. A fórmula é simples e a fórmula é que nós precisamos do turismo, precisamos do vosso trabalho e do vosso entusiasmo”.

“Este ano espero que consigamos atingir em Lisboa 80% da taxa de ocupação de 2019, apesar da guerra vamos superar aquilo que foi 2019 e conseguir ultrapassar esse valor em 2023. Até junho tivemos um mês recorde, com mais dormidas e mais hóspedes do que há três anos”, sublinhou.

Apesar da recuperação ser “extraordinária”, continuará a ser testada “com o aumento dos custos de vida, com as cadeias de abastecimento a serem afetadas e, sobretudo, com a falta de mão de obra estimada em quase 50 mil trabalhadores”, mencionou.

“Os tempos difíceis vieram para ficar e por isso, se Portugal atravessa um bom momento enquanto destino turístico, temos de saber aproveitar esse balanço para preparar o próximo passo”, defendeu, o próximo passo, de acordo com Carlos Moedas, passa pela “consolidação e inovação”, para que Portugal se torne num “destino de grande qualidade”.

Três desafios para o setor do turismo: sustentabilidade, inovação, descentralização

Carlos Moedas identificou três desafios no setor, o primeiro diz respeito à sustentabilidade. “Portugal tem de ser o destino ecológico por excelência, é isso que os turistas procuram, fazê-lo não só porque está na moda, mas porque nós sabemos que é a nossa obrigação para as gerações futuras. Lisboa pode ser a capital europeia desse turismo se trabalharmos em conjunto”, defendeu, notando que “é um setor que ainda tem uma pegada realmente significativa”.

O segundo desafio para o setor é a inovação. A pandemia trouxe um momento de transformação e surgiram novos tipos de turismo que conjugam o mundo físico com o mundo digital, segundo Moedas, que apelou para que os apoios do turismo em Lisboa sejam utilizados na inovação do setor, “focalizem-se na inovação, nesta fusão entre mundo digital e físico”, requereu.

A descentralização do turismo através da cultura da cidade é o terceiro desafio apontado por Carlos Moedas, que questionou: “Como é que nos criamos estas centralidades na cidade?”. “É tão importante que o turismo seja para a cidade, se conseguirmos ter centros de criatividade em que juntamos aqueles que são da cidade com aqueles que vêm de fora estamos a mudar a maneira como olhamos para o turismo, pode dinamizar o espaço publico, animar o comércio local e mudar a maneira como olhamos para a cultura”, concluiu.

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