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CEO da TAP preocupada com inflação, preço dos combustíveis e incertezas sobre procura

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A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, alertou esta quarta-feira, 12 de outubro, que a “inflação galopante”, o “disparar do preço do combustível” e as incertezas quanto à procura são “preocupações presentes e de futuro” para a companhia.

“A inflação galopante, o disparar do preço do combustível, bem como as incertezas em relação à procura no próximo ano, são preocupações presentes e de futuro”, afirmou a presidente da comissão executiva da transportadora aérea nacional, em Ponte de Sor (Portalegre).

Na 6.ª edição da cimeira aeronáutica Portugal Air Summit, que arrancou esta quarta-feira no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor, Christine Ourmières-Widener proferiu uma intervenção subordinada ao tema “TAP Air Portugal – O Caminho da Eficiência para o Futuro”.

Na sua intervenção, a responsável da TAP disse também já estar a preparar o verão de 2023 e lembrou que a companhia está limitada a uma frota de 99 aeronaves até 2025 e que teve de ceder alguns dos seus slots. “Mas, mesmo assim, vamos conseguir aumentar a nossa capacidade no próximo verão, o que é muito positivo”, realçou.

Com as restrições de ‘slots’ no aeroporto de Lisboa, “o aumento da nossa frota para voar aviões maiores é a forma mais eficiente de lidar com a procura prevista”, defendeu Christine Ourmières-Widener. “A TAP está concentrada em aumentar a fiabilidade da frota para que possamos evitar que as operações sejam penalizadas pela indisponibilidade de aeronaves e por questões técnicas desnecessárias”.

Segundo a presidente executiva da TAP, “a devolução da maioria dos ATR, aviões de menor capacidade”, vai permitir que a companhia passe “a operar com uma frota estável de 19 E-Jets e aumentar em quatro o número de Airbus” que opera atualmente.

No seu discurso, Christine Ourmières-Widener referiu ainda que “há muitos anos que a TAP não é uma empresa lucrativa” e que, “na verdade, nunca foi, apesar de ter tido resultados positivos em 2017 e de, em 2019, estar em expansão”.

“A pandemia parou o negócio quase totalmente e, com isso, agravou ainda mais as dificuldades da companhia, mas todos reconhecem que a TAP é uma empresa estratégica para Portugal e, por isso mesmo, o Estado português resolveu intervir para a salvar”, aludiu.

A presidente executiva reconheceu que esta intervenção foi “a um preço alto para os contribuintes, é verdade, mas com a certeza de que tudo será feito para tornar a companhia aérea nacional uma empresa sustentável a longo prazo”.

Desde que ‘aterrou’ na TAP, devido à situação “muito difícil” que encontrou, “não só económica e financeiramente, mas também no local humano”, tem sido “doloroso para todos [e] continua a ser”, mas existe hoje “uma oportunidade para criar uma TAP melhor, mais forte”.

“É, na realidade, a última oportunidade. Depois da injeção de capital do Estado este ano, a TAP não poderá receber mais apoios durante 10 anos. Como não recebia há mais de 20. Não podemos falhar”, assumiu.

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