O diretor da easyJet para Portugal disse esta terça-feira, dia 21, esperar que o plano de reestruturação da TAP, que aguarda aprovação de Bruxelas, tenha como objetivo tornar a empresa lucrativa, mas que as ajudas não sirvam para fazer concorrência e baixar tarifas.
“O plano de reestruturação [da TAP], que ainda não foi aprovado, esperemos que seja em breve para que possamos conhecer em detalhe todas as suas vertentes, [esperemos] que seja um plano que realmente tem como objetivo sanear a empresa, para que ela possa no futuro ser lucrativa e que esses valores [de ajuda] não sejam usados para fazer concorrência, por exemplo, baixando tarifas”, defendeu José Lopes, em declarações à agência Lusa.
Sublinhando que a easyJet não se opõe, por princípio, a ajudas de Estado, o responsável apontou, no entanto, que a ajuda de Estado à TAP é superior à que foi dada a outras companhias europeias, que não estavam em situação financeira difícil antes da pandemia de covid-19.
“Se nós olharmos para o montante que se tem vindo a falar publicamente, o total de ajudas de Estado a ser dadas à TAP, se compararmos com as ajudas estatais que foram dadas a outras empresas europeias que não estavam em situação deficitária antes da pandemia, o valor que está a ser dado à TAP é superior por unidade, portanto por número de avião, […] é maior do que foi dado a essas empresas e a reestruturação que está anunciada é inferior percentualmente à reestruturação que foi feita em praticamente todas as grandes empresas na Europa”, destacou José Lopes.
A easyJet afirmou ainda que vai continuar a acompanhar o “dossiê” TAP.
“O importante é que se criem remédios para que estas ajudas de Estado que estão a ser dadas e que serão dadas não distorçam demasiado a concorrência”, reiterou.