Domingo, Novembro 16, 2025
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eSIMpass apresenta-se como alternativa ao roaming e prepara entrada no turismo

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A eSIMpass foi fundada no final de 2024 por Jorge Ferreira e Bruno Gouveia, dois empreendedores que viram nos eSIMs uma alternativa ao tradicional roaming e uma oportunidade de negócio para ir além-fronteiras. Em entrevista ao TNews, Paulo Ferreira, CEO da eSIMpass, partilhou os seus planos de expansão, revelando que um dos objetivos para este ano é entrar no setor do turismo através de parcerias estratégicas com operadores turísticos, agências de viagens, cadeias hoteleiras e plataformas de reserva.

A eSIMpass é uma startup portuguesa que vende dados para mais de 200 países em todo o mundo, estando presente em todos os continentes. Trata-se de um aluguer de serviço, não sendo necessária qualquer deslocação a lojas físicas, uma vez que a entrega do serviço é feita num ponto escolhido pelo cliente. Para aceder ao eSIMpass, basta ir ao site da empresa, escolher o país de destino e o pacote pretendido em dias e gigabytes (GB), efetuar o pagamento e instalar o QR Code que recebe no ato da compra – e a ativação do serviço é imediata. O cartão digital fica disponível pelo período pretendido ou o uso dos gigabytes adquiridos. Se houver algum problema com a instalação, a startup dispõe de uma equipa técnica disponível 24 horas por dia.

O preço varia consoante o destino, os dias de viagem, os GB e o roaming de cada país. Entre os destinos mais acessíveis destacam-se a Turquia, a Austrália e a China. No lado oposto está o Líbano devido às tarifas locais de conectividade. Paulo Ferreira explica que os destinos mais procurados são aqueles onde o roaming é mais caro, como Marrocos, Estados Unidos, Brasil, Suíça ou Cabo Verde.

“Países como a Suíça, Marrocos e Japão, o roaming pode custar cerca de 50€ por um gigabyte, enquanto que os nossos eSIMs custam menos de 3€ por um gigabyte”, destacou.

O responsável sublinhou que, hoje em dia, o consumidor “quer estar sempre ligado”, seja a trabalho ou a lazer, e, preferencialmente, “sem surpresas na fatura”. “Procuram soluções que sejam rápidas, flexíveis e simples – e o eSIM é tudo isso. Por ser 100% digital, a aquisição e instalação são feitas online e o consumidor só compra o que precisa, seja GB ou dias de uso, a preços muito competitivos.”

Em 10 meses de operação, a eSIMpass já vendeu para cerca de 100 países, entre os 200 possíveis, tendo registado um crescimento de três dígitos na faturação. Atualmente, tem como objetivo ser o maior operador de eSIMs de Portugal e, para isso, a sua estratégia passa por oferecer preços competitivos e, acima de tudo, educar o mercado, “que ainda não está totalmente familiarizado com esta tecnologia”.

Entre os principais clientes, 80% são estrangeiros e 20% portugueses, “o que é um rácio perfeitamente natural se considerarmos que os portugueses representam apenas uma pequena percentagem da população mundial”, justificou.

A eSIMpass continua focada na expansão, apesar de já estar presente na grande maioria dos países. “Atualmente, oferecemos cobertura praticamente global, o que nos permite garantir conectividade em praticamente qualquer destino. Ainda assim, o nosso compromisso é evoluir continuamente, reforçando a qualidade em mercados estratégicos e adicionando novas regiões ou operadoras sempre que isso represente uma melhoria para os nossos utilizadores”, frisou Paulo Ferreira.

Entrada no setor do turismo

Paulo Ferreira revelou que pretendem apostar no modelo de negócio de soluções B2B personalizadas, nomeadamente para os segmentos de turismo, negócios e conectividade corporativa. “O segmento profissional do turismo representa uma oportunidade estratégica para nós”, admitiu, sublinhando que “a nossa entrada será feita através do desenvolvimento de parcerias com operadores turísticos, agências de viagens, cadeias hoteleiras e plataformas de reserva, oferecendo soluções de conectividade imediata e integrada através de eSIMs personalizados para os nossos clientes”.

O objetivo é que cada viajante possa iniciar a sua experiência já com ligação garantida à chegada do destino – seja através de QR Code incluído em vouchers de viagem, cartões de embarque digitais ou integrações diretas com apps de parceiros. Segundo Paulo Ferreira, esta proposta de valor “não só melhora a experiência do utilizador final, como permite aos parceiros diferenciarem-se e criarem novas fontes de receita”.

O responsável garante que, com esta entrada, o modelo de negócio da eSIMpass não sofrerá uma alteração estrutural, mas sim uma evolução natural. “Continuaremos a operar em B2C, mas com uma aposta crescente no B2B, onde a conectividade passa a ser oferecida como um serviço integrado em pacotes turísticos”, concluiu.

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