Domingo, Setembro 15, 2024
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Hoteleiros otimistas: Preços e proveitos de verão devem superar 2023

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A maioria dos hoteleiros portugueses (77%) estima que o preço médio dos hotéis será melhor ou muito melhor este verão em comparação com o verão de 2023. Esta é uma das conclusões do inquérito sobre as perspetivas de verão, realizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) entre os dias 20 e 31 de maio.

Os dados revelam “uma aposta clara” dos hoteleiros no aumento do valor dos hotéis, já que, no indicador da ocupação, as estimativas são mais prudentes, com 45% dos inquiridos prevendo uma ocupação melhor em comparação com o verão de 2023.

Quando questionados sobre as reservas já efetuadas (“on the book”) para os meses de verão (junho a setembro), a maioria dos hoteleiros indicou reservas acima dos 50%.

Relativamente aos proveitos, uma larga maioria considera que os proveitos totais serão melhores ou muito melhores (69%) do que no verão passado. O mesmo se aplica aos proveitos de aposentos: 68% considera que serão melhores ou muito melhores do que no verão de 2023.

À pergunta sobre os três principais mercados para este verão, os inquiridos escolheram Portugal (73%), Reino Unido (52%) e Espanha (45%) como o top 3, embora, por regiões, esse top seja alterado por mercados como o Brasil, Reino Unido ou EUA.

Considerando as reservas para os meses de verão, os hoteleiros apontam como principais canais de reserva a Booking.com (94%), o website próprio (83%) e as agências de viagens (45%).

Balanço da Páscoa

O inquérito da AHP também analisou os resultados obtidos no fim de semana da Páscoa (de 28 a 31 de março) em termos de ocupação, preço médio, estada média, mercados, proveitos totais e de aposentos.

A ocupação média a nível nacional foi de 73%, com destaque para as regiões da Grande Lisboa (81%), Península de Setúbal (75%) e Região Autónoma da Madeira (75%), que ficaram acima da média nacional, elevando o resultado. O mesmo ocorreu com o preço médio. A média nacional foi de 144 euros, e as regiões da Grande Lisboa (176€), Península de Setúbal (151€) e Região Autónoma da Madeira (152€) registaram preços acima deste valor. Em contrapartida, o Algarve teve a ocupação mais baixa (63%), com um preço médio de 130 euros. As condições meteorológicas pouco favoráveis no fim de semana da Páscoa são apontadas como possível razão para este resultado no Algarve.

Comparativamente aos resultados do mês de março, o fim de semana da Páscoa teve um peso expressivo nos indicadores hoteleiros. A análise da AHP destaca que a ocupação no fim de semana da Páscoa (73%) foi superior aos 62% do mês de março. O mesmo aconteceu com o preço médio e a RevPAR. No fim de semana da Páscoa, o preço médio nos hotéis a nível nacional foi de 144 euros, enquanto que, no mês, foi de 102 euros. A RevPAR na Páscoa foi de 105 euros, ao passo que, no mês de março, atingiu apenas 60 euros.

Sobre estes dados, Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP, destaca que a operação Páscoa na hotelaria tem claramente “um peso muito significativo no mês onde ocorre”. “A análise que fizemos revela que, no fim de semana da Páscoa, o preço médio e a ocupação foram superiores em 41% e 18%, respetivamente, à média do mês”. “Analisando os desvios verificados, há ainda trabalho de sazonalidade e descentralização a ser feito em algumas regiões do país. Na chamada época baixa, temos muito espaço para crescer”.

Quanto às perspetivas de verão, a responsável destaca “o fenómeno last minute que veio para ficar. Já há reservas interessantes, a maioria dos hoteleiros já indica reservas superiores a 50%, mas há muito para crescer”.

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