Luis Gallego, CEO do International Airlines Group (IAG) – holding que inclui a British Airways, Iberia, Vueling, Aer Lingus e Level – reiterou que as perspetivas para o verão são “encorajadoras”. No entanto, o dirigente ressaltou que “até agora, a visibilidade para a segunda metade do ano é um pouco mais limitada, por isso temos que ser realistas. Ainda existem desafios pela frente que têm de ser geridos”.
Luis Gallego fez essas declarações durante a assembleia geral de acionistas do grupo, na última quinta-feira. Durante o evento, Gallego confirmou um lucro operacional de cerca de 2,3 mil milhões de euros para o ano inteiro, reiterando as previsões divulgadas no primeiro trimestre do ano. No entanto, é importante destacar que esses números ainda estão abaixo dos valores registados em 2019.
A sua estimativa de capacidade para o ano é de cerca de 97% dos níveis de 2019, centrada nos seus principais mercados – América Latina e Atlântico Norte – com uma procura particularmente forte. Esta situação conduziu aos “melhores resultados do primeiro trimestre da história da Iberia, que se tornou uma das companhias aéreas mais rentáveis do mundo durante esse período”, indica o Hosteltur.
A IAG espera, igualmente, que a dívida líquida do grupo melhore em relação à previsão anterior e diminua em conformidade com a melhoria dos resultados.
Perspetivas encorajadoras
O CEO da IAG reiterou uma “perspetiva muito encorajadora” para o verão de 2023, com cerca de 80% das receitas previstas para o segundo trimestre já reservadas.
“Apesar do ambiente macroeconómico incerto, as pessoas querem voar e estamos a assistir a um volume saudável de reservas, com uma procura de lazer particularmente forte, enquanto as viagens de negócios continuam a recuperar, embora a um ritmo mais lento”, afirmou.
Espera-se que a capacidade do grupo para o ano todo fique em torno de 97% dos níveis de 2019.
No entanto, o aumento da capacidade varia de acordo com o mercado. No mercado norte-americano, os níveis pré-pandemia já foram praticamente recuperados e também a América Latina está a recuperar-se de forma sólida, mas outros mercados, como o asiático, devido à reabertura mais tardia da China, estão a um terço do nível de 2019.
De qualquer forma, os voos da IAG para a Ásia representavam apenas 8% da sua capacidade em 2019, portanto, não são tão relevantes como podem ser para outros grupos europeus, esclareceu o CEO.
Quanto ao mercado intraeuropeu, fundamental para a Vueling, a companhia catalã terá cerca de 9% mais capacidade do que em 2019.
A longa aquisição da Air Europa
Em relação à aquisição da Air Europa, Luis Gallego considerou que, se a operação for aprovada, permitirá consolidar a liderança do hub de Madrid no Atlântico Sul e permitirá ao grupo fortalecer a sua aposta na conectividade com a Ásia e o Médio Oriente.
Na IAG, “estamos plenamente convencidos do valor desta operação e estamos a trabalhar para o demonstrar às autoridades da concorrência”, acrescentou.