O abrandamento da recuperação económica, juntamente com a incerteza quanto à aplicação do Expediente de Regulação Temporária do Emprego (ERTE) – o layoff espanhol – de força maior ao setor aéreo e em que condições, motivaram a decisão da Iberia de iniciar negociações com os seus sindicatos para um novo ERTE por motivos organizacionais e produtivos.
“Devido à lenta recuperação dos voos de longo curso e de ligação, bem como às viagens de negócios e às proibições, restrições e quarentenas em vigor em muitos países, a Iberea considera imprescindível que a prorrogação da ERTE de força maior que está a ser negociado pelo Governo inclua o setor de aviação para salvaguardar o emprego dos trabalhadores do setor”, refere a companhia num comunicado publicado no site esta segunda-feira, dia 20.
Em qualquer caso, a Iberia deve continuar “a aplicar medidas de ajustamento e isso foi comunicado aos seus sindicatos na sexta-feira passada”. A companhia aérea revela que continua com níveis de capacidade 30-35% inferiores aos de 2019, principalmente devido às restrições ao turismo com os Estados Unidos, América Latina, Japão e China.
Isto levou a Ibéria a propor aos seus sindicatos a intenção de começar a negociar uma ERTE por razões organizacionais e produtivas, “necessário para poder continuar a ajustar os seus recursos à capacidade real e proteger o emprego”.
As conversações sobre este ERTE vão inciciar-se “sem prejuízo das decisões que a Iberia venha a adotar em matéria de ERTE de força maior, uma vez conhecido o resultado da negociação que está a decorrer na Concertação Social”, garante a companhia.