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INE: Turistas não residentes crescem 19,2% em 2023 e superam níveis de 2019 

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Em 2023, Portugal recebeu 26,5 milhões de turistas não residentes, um crescimento de 19,2% face ao ano de 2022 e 7,7% acima do ano pré-pandémico de 2019, partilhou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), esta segunda-feira, dia 8.

No ano passado, as dormidas dos estabelecimentos de alojamento turístico, como a hotelaria, alojamentos locais e turismo no espaço rural e habitação, resultaram em crescimentos de 20,0% nos proveitos totais e de 21,4% nos de aposento, para 6.015,3 e 4.622,6 milhões de euros. 

“O ano de 2023 foi marcado pelos sinais de recuperação da crise no setor, gerada pela pandemia de covid-19, superando-se os valores recorde de 2019 nos principais indicadores”, relata o INE nas “Estatísticas do Turismo 2023”.

Segundo o INE, estes valores correspondem a crescimentos de 8,8% nos proveitos totais e de 9,4% nos proveitos de aposento, em média, por ano, desde 2019. Já o rendimento médio por quatro disponível (RevPAR) atingiu 64,8 euros (+15,4%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) foi de 113,0 euros (+9,1%).

O índice de Herfindahl–Hirschman (IHH) revelou uma trajetória de redução da concentração de proveitos totais, com mínimas oscilações no período da pandemia de Covid-19, atingido em 2023 o valor mais baixo desde 2013. No ano passado, a estada média foi de 2,62 noites, abaixo das 2,67 noites de 2022 e das 2,64 noites de 2019. Mantendo-se o mercado espanhol como o principal mercado emissor de turistas internacionais, com uma quota de 25,2%, crescendo 16,7% face ao ano anterior. 

O mercado do Reino Unido (12,6% do total) voltou a ser o segundo mercado emissor, aumentando 14,0%,enquanto o número de turistas franceses cresceu 11,0% (12,4% do total). Os maiores crescimentos foram registados pelo agrupamento ‘Outros do Mundo’ (+44,8%) e pelos mercados norte-americano (+34,2%) e italiano (+29,2%).

No ano passado, o registaram-se 32,5 milhões de hóspedes e 85,1 milhões de dormidas, mais 12,5% e 10,3%, nos meios de alojamentos turísticos. O INE divulgou que estes números refletem crescimentos médios anuais de 2,4% e 2,3%, pela mesma ordem, desde o ano de 2019, “evidenciando a retoma da atividade do setor depois da crise gerada pela pandemia de covid-19”. 

No dia 31 de julho de 2023, estavam em atividade 8.015 estabelecimentos, mais 7,9% do que em 2022. O mercado interno gerou um terço das dormidas em 2023, 28,1 milhões, e os mercados externos deram origem a 57,1 milhões de dormidas, representando um crescimento anual de 14,9%. No ano passado, as dormidas de não residentes representaram 67,0% das dormidas na generalidade dos meios de alojamento, sendo desde 2013, o ano que se observou uma maior dependência dos mercados internacionais, superado apenas pelo ano de 2017, onde os mercados totalizaram 67,8% do total.

A taxa de sazonalidade diminuiu para 36,9% e atingiu o valor mais baixo desde 2013, sendo mais elevado nos residentes (41,3%) do que nos não residentes (34,8%). O número de dormidas em 2023 registou acréscimos em todas as regiões, com destaque em Oeste e Vale do Tejo (+18,2%), o Norte (+14,0%) e a Grande Lisboa (+11,8%), com menos variações o Algarve (+6,7%) e o Centro (+6,9%). 

Em relação ao ano de 2019, o Algarve e a Península de Setúbal foram as exceções, com números de -1,5% e -0,9%, em termos de dormida.

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