Apesar dos números registados no alojamento turístico no passado mês de setembro ainda serem inferiores aos de 2019, com menos 28,9% no número de hóspedes e 26,6% em dormidas, já existem sinais positivos na recuperação. Um deles é o crescimento pela primeira vez desde o início da pandemia do número de dormidas de não residentes face aos dos residentes.
Segundos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), revelados esta sexta-feira, as dormidas de não residentes duplicaram face a setembro de 2020, com um crescimento de 100,7%, num total de 3 milhões de dormidas, mas foram cerca de metade das registadas em setembro de 2019, menos 43,9%.
Porém, o mercado interno continua a superar os níveis do período homólogo de 2019, com um crescimento de 15,6%, contribuindo com 2,6 milhões de dormidas.
Assim, o setor do alojamento turístico registou 2,1 milhões de hóspedes e 5,6 milhões de dormidas em setembro de 2021, correspondendo a aumentos de 52,3% e 58,4%, face ao período homólogo de 2020. Quando comparado com 2019, no cômputo geral o número de hóspedes e de dormidas diminuíram, 28,9% e 26,6%, respetivamente.
Na análise dos primeiros nove meses de 2021, as dormidas registadas já superaram o valor registado para a totalidade do ano de 2020. Neste período, as dormidas totais aumentaram 19,5%, resultante de crescimentos de 28,7% nos residentes e de 9,4% nos não residentes. As dormidas de residentes cresceram em todas as regiões, enquanto as de não residentes apenas diminuíram na AM Lisboa. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 54,0%.
As dormidas registadas de janeiro a setembro superaram assim o valor registado para a totalidade do ano de 2020.
Para as dormidas de não residentes, que aumentou 9,4% nos nove meses, contribuíram o crescimento dos mercados polaco (+160,7%), irlandês (+111,7%), belga (+60,7%), suíço (+51,3%) e francês (+38,2%). No entanto, as maiores diminuições verificaram-se especialmente nos mercados intercontinentais, concretamente nos mercados chinês (-74,6%), canadiano (-73,6%), brasileiro (-57,7%), mas também no russo (-53,3%).