Quarta-feira, Fevereiro 19, 2025
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W2M: “Não temos interesse em entrar no setor da distribuição em Portugal”

O country manager da World2Meet em Portugal, Duarte Correia, garante que o grupo não está interessado em entrar no setor da distribuição no nosso país. O responsável afirma que, por agora, não há necessidade de isso acontecer, uma vez que têm parcerias “muito fortes” tanto com os grupos de gestão, como com as redes de agências de viagens.

“Não queremos [entrar] na distribuição em Portugal, temos parcerias muito fortes com os principais grupos de gestão. São nossos parceiros estratégicos. Temos uma parceria muito forte com o grande produtor nacional, que é a  Abreu, não achamos que seja necessário entrar no mercado da distribuição em Portugal”, disse o responsável numa conferência de imprensa em Cancun, a propósito do voo inaugural do A350-900 da companhia do grupo, a World2Fly.

Esta é uma posição assumida pelo grupo desde que iniciou operações turísticas em Portugal há dois anos, com a marca Newblue (a que entretanto juntou a operação da Icárion). Mesmo com as recentes alterações ao mercado da distribuição em Portugal, com a entrada da Newtour no capital social da GEA, e uma possível compra do grupo Ávoris da DIT Gestion de que se fala em Espanha, o responsável não vê interesse na entrada no negócio da distribuição.

“Todos esses negócios já nos vieram bater à porta, sendo uma empresa liderada por quem é – Gabriel Subias – não há nada que passe no mercado espanhol, sem que passe nas suas barbas. Não demonstrou interesse na compra de grupos de gestão. Não quer dizer que amanhã tenha a mesma posição. O grupo GEA e o grupo DIT foi-lhe oferecido e ele não demonstrou interesse, porque [esses grupos]não têm assets, têm valor pelas pessoas que estão a gerir os grupos de gestão e pelo portfólio de agências que fazem parte daquela associação ou grupo de empresas”, afirma Duarte Correia em declarações ao TNews. A partir do momento em que nenhuma dessas empresas é acionista. Estamos a comprar o quê? Está-se a comprar um modelo e coisas que podem mudar muita rapidamente no mercado”, constata.

Duarte Correia não descarta que, no futuro, esta visão possa ser alterada, “caso o mercado não tenha a mesma atitude que tem tido connosco até à data“. “Neste momento, com as parcerias privilegiadas que temos com os grupos de gestão e com grupos como a Abreu e Wamos, não há interesse absolutamente nenhum em entrarmos na distribuição. A partir do momento em que todo este cenário se altere, logo veremos”.

Analisando o mercado, o country manager diz que nada mudou com a entrada da Newtour no capital da GEA em Portugal. “É verdade que a Newtour comprou, mas o que é que alterou? Nada. Não sentimos absolutamente nenhuma alteração no mercado. É um posicionamento da Newtour, assim como há outros posicionamentos, a Airmet está a posicionar-se de outra forma. Toda a gente se está a posicionar no mercado. São guerras entre grupos de gestão, nas quais não nos queremos meter. Queremos, sim, boas parcerias com os grupos de gestão e com os clientes mais importantes, como Abreu e Wamos”.

Pertencente ao grupo Iberostar, a W2M detém a companhia aérea World2Fly, além de várias marcas de alojamento, o receptivo W2M DMC, os operadores Newblue, Icárion e Kannak (operador de circuitos europeus, que será lançado a partir do próximo ano em Portugal) e o banco de camas W2MPro.

A W2M faturou, em 2022, 1.400 milhões, dos quais 10% corresponderam à atividade em Portugal, superando as expetativas, revela Duarte Correia. “Com 46 mil lugares de avião no mercado, e uma taxa de ocupação acima dos 90%, superámos em muito as expetativas”, afirma, atribuindo esta performance a uma “resposta positiva” do mercado e a uma “concorrência adormecida”.

Este ano, o grupo tem à venda em Portugal 64 mil lugares de avião, e Duarte Correia não esconde a ambição de querer vender 95% desta capacidade.

Sobre o posicionamento que ambiciona para o grupo em Portugal, o country manager responde: “Queremos o nosso espaço. O mercado estava adormecido, havia potencial muito grande para nós crescermos, como outro qualquer podia ter crescido. Sendo o nosso grupo ibérico, isso cria valor. Se fosse só em Portugal não era possível comprar três aviões A350. Só num cenário ibérico é que isso é possível. Portugal ocupa uma boa percentagem do profit e da estratégia de grupo a nível ibérico, ou seja, consideram muito a nossa quota de mercado em Portugal”.

Recorde-se que a W2M fez o voo inaugural do A350-900 na rota Lisboa-Cancun, no passado domingo, dia 30. A aeronave, de 432 lugares, fez a ligação com uma ocupação praticamente esgotada (429 passageiros a bordo. O avião fará todas as operações de Lisboa para as Caraíbas (Cancun, Varadero e Punta Cana) do operador Newblue.

*Viajou para Cancun a convite da W2M

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