A British Airways (BA) deve anunciar o lançamento da sua nova companhia aérea de curta distância, a operar desde o aeroporto de Gatwick, no sul de Londres, nas próximas semanas.
O lançamento vê assim a luz ao fundo do túnel, depois da BA ter chegado a acordo com os sindicatos da tripulação e pessoal de terra sobre os salários e as condições de trabalho. Isto significa que a companhia aérea da IAG pode dar seguimento à contratação de pessoal antes dos primeiros voos previstos para abril do próximo ano.
Este foi um impasse ao desenvolvimento da companhia que se deve apelidar de BA Lite devido à flexibilidade de contratos de trabalho apresentados, uma vez que se espera que esta apresente condições competitivas para fazer face ao estado atual da aviação comercial.
A nova companhia aérea não será uma ‘low cost’ como garantiu Luís Maroto, CEO da BA, esta segunda-feira, assegurando que se trata sim de uma “plataforma mais eficiente para permitir que a British Airways possa competir nas condições mais difíceis” que se esperam que prevaleçam à medida que as viagens regressam depois da pandemia.
Estima-se que cerca de 160 pilotos e várias centenas de tripulantes de cabine possam ser contratados para a nova companhia aérea, que operará até 17 aviões para viagens de curta distância na Europa, ponto a ponto. O pessoal contratado pela nova empresa será assim convidado a assinar contratos mais flexíveis, que devem incluir trabalho a tempo parcial ou sazonal. A tripulação de cabine vai assim receber um salário-base mais uma remuneração variável, com base no número de horas voadas e na comissão sobre as vendas a bordo.