Até final de 2019, o negócio no turismo corria muito bem e todos os anos eram melhores que os anteriores.
O início de 2020 previa, mais uma vez, um grande ano em turismo até que, em março, o covid, com que convivemos há cerca de dois anos, “obrigou-nos a fechar as portas e tirou-nos o nosso maior bem – OS HÓSPEDES.
Os hotéis nunca foram obrigados a encerrar, mas tiveram de o fazer pois deixaram de ter hóspedes com a interrupção da aviação, a quebra do mercado internacional e devido ao prolongado estado de emergência que, durante quase dois anos, impediu os portugueses de sair de férias devido à insegurança sanitária.
Finalmente, surgiu a vacina e felizmente o processo da mesma é controlado por um militar que tem dado muito bem conta do recado e assim permitiu que iniciássemos o desconfinamento a partir do mês de maio.
Infelizmente, neste processo de desconfinamento houve alguma imprudência que é do conhecimento geral, que provocou novo aumento de casos covid. Uma vez que já tínhamos terminado o Estado de Emergência no final de abril, o nosso Governo optou por outras medidas, que permitem aos portugueses deslocarem-se por todo o país desde que apresentem o certificado de Vacinação U.E ou prova de teste negativo covid, incluindo o chamado autoteste.
Senti forte contestação do sector a estas medidas, ou porque não somos técnicos de saúde ou porque os hotéis vão ter mais trabalho para controlar este processo, enfim uma série de problemas que foram mencionados e que não tenho dúvida que nos criam mais trabalho e mais custos. No entanto, não podemos esquecer o mais IMPORTANTE, que é o de terem possibilitado continuarmos a ter HÓSPEDES com a mais valia de podermos estar numa unidade hoteleira em que todos os HÓSPEDES têm certificado de vacinação ou testaram negativo antes do check in e assim transmitirmos mais segurança aos nossos turistas.
Os portugueses têm respondido “à chamada” e são dos melhores turistas que podemos ter e estas medidas permitem que a economia se mantenha aberta e assim continuemos a receber HÓSPEDES, que são o essencial e o mais IMPORTANTE da nossa actividade.
Por Miguel de Melo Breyner
É diretor geral do Évora Hotel
Muito bem Miguel é isso mesmo.
Tens razão que o importante é terem hospedes e agora em segurança sanitária!!
Desejo-to os maiores sucessos porque os mereces.
Grande abraço
João Ventura