Sexta-feira, Maio 23, 2025
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O Palco Invisível: arte e performance como diferencial no turismo e nos eventos

No universo do turismo e dos eventos há muito se percebeu que não basta impressionar os olhos — é preciso tocar a alma

Num tempo em que o turismo se reinventa e os eventos competem por atenção num mercado global, há um fator imaterial, mas absolutamente decisivo, que transforma experiências em memórias: a arte. Não apenas a arte que se pendura em galerias ou se escuta em salas de concerto — mas a que emerge viva, pulsante, inesperada, no momento certo. A performance artística como linguagem universal, como ponto de encontro entre culturas, emoções e identidades.

No universo do turismo e dos eventos há muito se percebeu que não basta impressionar os olhos — é preciso tocar a alma. A arte, seja através da música, da dança, do teatro, da imagem ou de formas híbridas e contemporâneas de expressão, tem a capacidade singular de envolver públicos distintos, valorizar patrimónios e elevar experiências. Um jantar de gala torna-se inesquecível com um interlúdio lírico inesperado. Um congresso médico, por mais técnico que seja, adquire uma outra dimensão com uma performance visual que reflita a temática do evento. O que era apenas logístico, torna-se simbólico. O que era apenas funcional, torna-se memorável.

No cruzamento entre performance e contexto reside uma força transformadora que há muito se revela essencial na programação de eventos de qualidade. Em colaboração com agências DMC, hotéis, promotores de congressos e entidades públicas, têm-se desenvolvido experiências artísticas sob medida, integradas de forma orgânica em ambientes corporativos, turísticos e institucionais. A ideia não é apenas entreter — é criar significado. Do som e da luz à performance em palco, da instalação artística ao video mapping, da música erudita à arte urbana, a criatividade assume-se como linguagem de hospitalidade e comunicação estratégica.

Em eventos de referência a integração de momentos performativos tem contribuído para elevar a narrativa de cada encontro, promovendo a diferenciação e o envolvimento emocional dos participantes. Essa abordagem exige um equilíbrio delicado entre rigor técnico e liberdade criativa, entre escuta ativa dos objetivos do cliente e ousadia artística. Mais do que fornecedores, os artistas e curadores que atuam neste setor tornam-se intérpretes de contextos e embaixadores de emoções.

Neste momento em que o turismo se vira cada vez mais para a diferenciação e a sustentabilidade, a cultura e a arte afirmam-se como trunfos estratégicos, não como ornamentos. Investir na performance artística é investir na identidade do destino, na qualidade da experiência e, acima de tudo, na criação de valor humano.

Os eventos não se limitam a acontecer — contam histórias. E serão sempre essas histórias, vividas com intensidade e autenticidade, que o visitante levará consigo. Porque, no fim de contas, é disso que se trata o turismo: de uma viagem ao coração do outro.

Vamos criar juntos?

Por Miguel Oliveira

É diretor artístico e especialista em eventos. Com mais de duas décadas de experiência no setor, colabora com marcas, instituições e agências em Portugal e no estrangeiro. É fundador de uma produtora dedicada às artes performativas – a IMAGIN’ART – Performing Arts

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