O Governo holandês decidiu tirar Portugal da lista das zonas designadas como “seguras” no âmbito da pandemia de covid-19, desaconselhando aos seus cidadãos, vacinados ou não vacinados, a realização de viagens turísticas ao território continental português.
Segundo a agência espanhola EFE, a decisão do executivo dos Países Baixos vai entrar em vigor na sexta-feira.
Também Espanha, inclusive as ilhas espanholas das Canárias e Baleares e Chipre se encontram na mesma zona de Portugal, o que significa que são destinos desaconselhados para viagens não essenciais.
O ministério dos negócios estrangeiros holandês indicou que “infelizmente, o conselho do Instituto de Saúde Pública (RIVM) desta semana mostrou que não é um pico temporário: há uma tendência preocupante nos números de infeções nestas regiões”.
Todos os cidadãos holandeses que se deslocarem para estes destinos necessitam de ter um certificado de vacinação completa há, pelo menos, 14 dias, ou de recuperação da doença covid-19.
Caso contrário, e para pessoas não vacinadas, é necessário ter um teste negativo à covid-19 – um teste PCR (teste molecular) realizado num período máximo de 72 horas ou um teste rápido de antigénio realizado num período máximo de 48 horas – antes de regressar ao território holandês.
A partir do próximo domingo, as pessoas que já se encontram nestes destinos devem apresentar os comprovativos quando regressarem aos Países Baixos.
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros holandês, a partir do próximo domingo, as pessoas que já se encontram nestes destinos devem apresentar os comprovativos quando regressarem aos Países Baixos, esclarecendo ainda que os viajantes que estiverem de regresso a casa não serão submetidos a um período de quarentena.
A diplomacia holandesa reconhece o “grande impacto” que esta decisão tem junto dos viajantes, argumentando, no entanto, que viajar para o estrangeiro “é e continua a ser um risco” na pandemia.
Na passada segunda-feira, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, admitiu que o Governo cometeu um “erro de julgamento” ao relaxar algumas restrições e pediu desculpa, numa altura em que os Países Baixos sofrem um aumento significativo de casos de covid-19.
O Governo tinha autorizado há duas semanas a reabertura de discotecas, mas devido à rápida disseminação da variante Delta do SARS-Cov-2 (caracterizada como mais resistente e mais transmissível), especialmente entre os jovens, decidiu recuar.
Segundo a imprensa internacional, os novos casos nos Países Baixos aumentaram 500% após o levantamento de restrições.
A pandemia de covid-19 provocou, até à data, mais de quatro milhões de mortos em todo o mundo, entre mais de 188 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo a agência France-Presse (AFP).