O Palácio São Silvestre, em Coimbra, abriu portas em 2019 para proporcionar “experiências distintas” a todos os hóspedes. “Queremos, efetivamente, que as pessoas venham cá pela experiência, ou seja, por todos os serviços que temos, pela atenção que damos ao cliente e pelas infraestruturas que apresentamos”, disse Marta Mendes, diretora-geral da unidade, em entrevista ao TNews.
Numa visita ao Palácio São Silvestre, falámos com Marta Mendes que garantiu que o hotel de 4 estrelas tem batido recordes ano após ano, salientando que uma das caraterísticas que o diferencia das outras unidades em Coimbra é o seu foco em proporcionar “experiências distintas” aos hóspedes.
Localizado a 10 quilómetros do centro de Coimbra, o boutique hotel dispõe de 41 unidades de alojamento, das quais 7 suítes temáticas, um restaurante liderado pelo chefe Telmo Jegundo, biblioteca, quatro salas para reuniões e eventos (a maior acomoda até 150 pessoas), bar, duas piscinas exteriores, serviços de relaxamento e bem-estar, ginásio, parque infantil, área para crianças e campos de ténis e padel. O restaurante e os campos de ténis e padel estão abertos a não-hóspedes.


Desde a sua abertura, o Palácio São Silvestre nunca sofreu uma “alteração propriamente dita”. “Fizemos, contudo, pequenas remodelações, nomeadamente na clínica de bem-estar e na piscina.” Marta Mendes afirmou que a unidade tem em cima da mesa, desde a sua abertura, a construção de um spa, que, no entanto, com a pandemia, foi adiado.
A pandemia foi um dos principais desafios do hotel face à sua abertura em 2019. Todavia, Marta Mendes fez um balanço “muito positivo” dos primeiros anos de operação da unidade, revelando que o melhor ano “está a ser este”. “Nós, ano após ano, temos conseguido bater os nossos recordes. É um hotel muito procurado para férias e por pessoas que procuram descansar. Um ponto positivo é que a partir daqui as pessoas facilmente se conseguem deslocar até à Figueira da Foz, Coimbra ou Montemor-o-Velho.”


Até à data, o Palácio São Silvestre está a registar uma ocupação média de 79% comparativamente ao ano anterior. “Numa fase inicial havia uma sazonalidade muito marcada, mas, felizmente, estamos a conseguir combater esta adversidade. Na época baixa, entre os meses de janeiro, fevereiro e março, conseguimos angariar mercado corporate e temos conseguido fazer eventos MICE. Já na época alta, o mercado corporate vai de férias e vêm os nossos clientes individuais.”
No que toca às nacionalidades, o mercado português ocupa o primeiro lugar, seguido do francês, inglês, espanhol e brasileiro.
Por sua vez, as perspetivas para 2025 são “as melhores”, disse Marta Mendes, revelando que, ao longo do ano, “já temos muitas reservas e que grande parte dos fins de semana já estão completos”. “As expectativas são muito boas, aliás, não podiam ser melhores.”
Questionada sobre se o Palácio São Silvestre é um hotel de fim de semana, Marta Mendes disse que sim, mas “não só”. “Conseguimos, efetivamente, ‘agarrar’ as pessoas e fazer com que elas fiquem connosco uma semana. Contudo, o fim de semana está ligado a outro mercado, nomeadamente o de casamentos, no qual as pessoas utilizam este espaço não só como lazer, como também para eventos familiares aqui à volta ou dentro do próprio hotel.”
O Palácio São Silvestre atua nos segmentos de desporto, corporativo, lazer de luxo e casamentos. Já os regimes disponibilizados são meia-pensão e pensão completa. O regime tudo incluído não está disponível no hotel, uma vez que as pessoas, muitas das vezes, “gostam de sair e conhecer a zona (…), então não se justifica termos regime tudo incluído”.
Segundo Marta Mendes, os clientes normalmente ficam no hotel, mas quando ficam hospedados durante uma semana aproveitam para conhecer a região.
Sobre a sua localização, a responsável disse que atualmente não é um entrave, mas que, no ano de abertura, chegou a ser um problema para a unidade. “No início da nossa atividade, sentimos que haviam algumas reticências relativamente à nossa localização, ou seja, tínhamos as infraestruturas todas, mas a localização era uma menos-valia. Neste momento, a localização joga a nosso favor, porque Coimbra está em obras, existindo um problema de mobilidade no centro da cidade.” Enquanto a situação não melhora, “estamos a ganhar muito mercado a nível de empresas, o que, de certa forma, é bom para nós”.








