O Presidente da República esteve na abertura do 46º congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, onde focou o papel das agências na pandemia: “O que estamos a aqui a celebrar neste congresso é a abertura. E o turismo é abertura, e as agências de viagens são abertura. Aqueles que podem viajar sabem como é fundamental o vosso papel e quanto foi, e é, enorme o vosso heroísmo nestes dois anos”.
Marcelo Rebelo de Sousa confessou que a decisão mais difícil do seu meu mandato foi, de longe, a declaração de Estado de Emergência”.” É mil vezes mais complexo do que dissolver a Assembleia da República”, disse, reconhecendo o impacto que a medida teve nas empresas e nas famílias.
Sobre o balanço da pandemia em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a diferença no número de mortes e infetados em cuidados intensivos, que é menor atualmente. “Hoje temos 116 em cuidados intensivos, há um ano tinhamos 600 [doentes], em mortes estávamos a caminho dos 100, agora 20. A diferença chama-se vacinação. Portugal está na liderança do mundo na vacinação”.
Quanto à nova variante, Marcelo Rebelo de Sousa reforça que “está a ser estudada, por iniciativa da UE e dos laboratórios, para saber se existe uma letalidade maior”. O Chefe de Estado admite algumas precauções, mas afasta alarmismos inconsequentes”. “É preciso cabeça fria, e não entrar em alarmismo quando o que se precisa é serenidade.
“É bom que aqueles que pensam governar o país digam o que pensam da TAP”
Durante meia-hora, o Presidente da República respondeu a questões deixadas por Pedro Costa Ferreira, na intervenção que o antecedeu. Entre as dúvidas está a construção do novo aeroporto. A esse respeito, o Presidente disse que, “um aspeto positivo das eleições é esperar que, quem concorre, clarifique as suas posições sobre esta matéria. (…). O país não suporta esse taticismo. Tome-se uma decisão e tome-se em 2022. Gostava de ver a tomada dessa decisão antes do fim do meu mandato
O mesmo se aplica à TAP, afirma o Chefe de Estado: “É bom que aqueles que pensam governar o país digam o que pensam da TAP”.
Marcelo disse ainda esperar que o novo governo proporcione uma “transição que não seja dolorosa e traumática para setores mais afetados pela crise”. Parece-me uma evidência”, conclui o Presidente da República.
O 46º congresso da APAVT decorre até à próxima sexta-feira, dia 3 de dezembro, e com conta com mais de 700 participantes.
*Em Aveiro, a convite da APAVT
