Sexta-feira, Janeiro 24, 2025
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Profissionais de turismo preveem atingir 33 milhões de hóspedes em 2025, revela Barómetro do IPDT

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Os profissionais de turismo preveem que o setor cresça para 33 milhões de hóspedes e 6.5 mil milhões de euros de proveitos em 2025, de acordo com o IPDT – Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo.

O IPDT divulgou esta quinta-feira, dia 9, a sua 72.ª edição do Barómetro do Turismo, que reuniu 45 respostas válidas de um painel de 175 profissionais em funções de direção e administração em várias áreas do setor, inquiridos entre 4 e 18 de outubro do ano passado.

“Para 2025, o Barómetro do Turismo IPDT revela que o setor se encontra confiante, com previsões otimistas para os principais indicadores, mas também evidencia desafios que exigem respostas estratégicas”, refere o IPDT.

Relativamente ao número de hóspedes, “56% dos respondentes antecipam para 2025 um crescimento para valores entre 30,1 e 33 milhões”. Este valor é superior aos 30 milhões de 2023, ano com o qual são feitas as comparações, uma vez que ainda não estão fechados os dados de 2024.

As dormidas apresentam “igualmente um cenário promissor”, com 78% dos inquiridos a projetarem entre 75,1 e 81 milhões, ultrapassando os 77,2 milhões registadas em 2023. “Este aumento sugere não apenas uma maior procura, mas também uma possível extensão na duração média das estadias”, analisa o barómetro.

No que diz respeito aos proveitos globais, “80% dos especialistas esperam valores entre 5,6 e 6,5 mil milhões de euros, acima dos 5,7 mil milhões alcançados em 2023”.

Melhoria da oferta e serviço terá impacto mais positivo no setor em 2025

De acordo com o Barómetro do Turismo IPDT, o fator que terá o impacto mais positivo no turismo nacional em 2024 é a melhoria contínua da oferta e dos serviços como o mais relevante, referida por 44% dos inquiridos. “Este dado reflete a importância de continuar a investir na qualidade das experiências turísticas, adaptando-as às exigências crescentes dos viajantes”, indica o estudo.

O segundo fator mais destacado é a segurança e a estabilidade política e social, apontado por 42% dos profissionais. “Num contexto global marcado por incertezas, Portugal continua a beneficiar da perceção de ser um destino seguro e acolhedor, o que se traduz num ativo estratégico para atrair turistas internacionais”, justifica o IPDT.

Seguiram-se as infraestruturas, acessibilidades e a mobilidade aérea, com 36% das respostas, destacando “a necessidade de modernizar e melhorar as redes de transporte e promover uma mobilidade eficiente e sustentável”.

Por fim, as condições económicas e financeiras favoráveis foram referidas por 36% dos especialistas, refletindo “a importância de um contexto macroeconómico”, segundo o IPDT.

Falta de recursos humanos continua a ser principal desafio

A escassez de recursos humanos qualificados destaca-se como o principal desafio que o setor do turismo enfrentará em 2025, referido por 51% dos inquiridos. Outro obstáculo importante será o aumento dos preços e a inflação (40%), visto que “o ambiente económico global pode impactar diretamente a competitividade do destino”.

Também a recessão económica e a conjuntura internacional (33%) e os conflitos internacionais e a instabilidade geopolítica (29%) foram desafios destacados pelos profissionais, evidenciando “o impacto de fatores externos no desempenho do turismo”, diz o IPDT.

Promoção turística e desmistificação do ‘overtourism’ são apostas para 2025

Entre as prioridades identificadas pelo inquiridos, o barómetro destaca duas ações: a promoção turística segmentada e a consolidação da imagem de Portugal como destino de excelência (19%) e a diversificação e requalificação da oferta turística, com foco na sustentabilidade (19%).

De acordo com o IPDT, “estas apostas refletem a necessidade de continuar a atrair públicos qualificados, enquanto se amplia e melhora a oferta para responder às tendências globais, como o interesse em experiências autênticas e responsáveis”.

Uma outra aposta para este ano é a qualificação das infraestruturas, espaços públicos
e a melhoria da mobilidade e acessibilidades (16%), que sublinha “a importância de criar condições físicas e logísticas que reforcem a perceção de qualidade e facilitem o acesso aos destinos”.

Outras prioridades são a captação e valorização dos profissionais do setor (14%) e a formação e qualificação dos recursos humanos (12%), como resposta ao desafio de escassez de profissionais qualificados.

Principais tendências de viagens para 2025

Os membros do Barómetro do Turismo do IPDT apontaram ainda as tendências para 2025, destacando-se como principal “as viagens personalizadas e feitas à medida” (63%). Seguiram-se a procura de experiências culturais autênticas nas cidades (60%) e a segurança (30%), sendo a última um “elemento essencial na escolha de destinos”.

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