A coligação PS/Livre apresentou na passada quarta-feira, dia 17 de novembro, na Câmara de Lisboa, uma proposta para a “suspensão imediata” da autorização de novos registos de alojamento local em Lisboa até entrar em vigor a alteração do Regulamento Municipal do Alojamento.
Posto isto, passados dois dias da proposta apresentada na quarta-feira, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, AHRESP, veio discordar da mesma considerando que vai “prejudicar o desenvolvimento da atividade”.
Além de discordar da proposta, a AHRESP refere que numa altura crítica para a economia a proposta vem de forma “cega, arbitrária e sem critérios, prejudicar o desenvolvimento de uma atividade”. A associação reforça ainda que esta medida é injustificada devido ao facto de “a oferta global de AL nos últimos dois
anos se manteve inalterada”.
A AHRESP faz um apelo para que não sejam tomadas medidas desta natureza e que sejam tidas em conta as várias propostas que foram apresentadas à Câmara de Lisboa para “um desenvolvimento sustentável e pacífico desta atividade”.
Em contrapartida, a coligação entre o PS, o Livre e a independente Paula Marques pretendem que “até à aprovação das novas medidas de contenção no Regulamento Municipal do Alojamento Local” se proceda à “suspensão imediata da autorização de novos registos de estabelecimentos de alojamento local, por um prazo de seis meses, sem prejuízo da sua renovação por igual período”.
A coligação defende ainda que devem ser implementados mecanismos que fomentem a participação de todos, inclusive a realização de “pelo menos três debates públicos promovidos e divulgados pela Câmara Municipal de Lisboa, inclusivos de diferentes sensibilidades, aberto à participação presencial e meios telemáticos, e nos quais possam participar as várias forças políticas com representação no executivo municipal”. Também o Bloco de Esquerda defende que “Lisboa está com níveis de alojamento local demasiado altos”.