Quase metade (46%) dos britânicos não se sente confortável ao dar gorjetas fora do país, revela uma nova pesquisa da ABTA – The Travel Association. Este “tormento das gorjetas” pode ser particularmente relevante para destinos como Portugal, um dos principais escolhidos pelos turistas do Reino Unido, já que pode influenciar a perceção da hospitalidade e a satisfação global da viagem.
De acordo com o estudo, apenas 7% dos turistas britânicos diz sentir-se totalmente confiantes sobre quando e quanto dar de gorjeta no estrangeiro.
Os resultados evidenciam diferenças marcantes consoante o destino. Nos Emirados Árabes Unidos, 64% dos britânicos dizem não saber como agir, embora gorjetas de 10% a 15% sejam a norma em restaurantes, táxis e hotéis. No Japão, 57% revela insegurança — neste caso justificada, já que dar gorjeta não faz parte da cultura local e pode até ser considerado indelicado. Já nos Estados Unidos, 40% admite confusão, apesar da prática comum de deixar entre 15% e 20% em restaurantes e serviços.
A incerteza estende-se também à Europa, onde se encontram muitos dos destinos favoritos dos britânicos. Quatro em cada dez turistas não sabem o que esperar em países como Alemanha (41%), Grécia (40%) e Portugal (40%), com valores semelhantes para Espanha (37%), França (37%) e Itália (38%).
De acordo com a ABTA, apesar das diferenças culturais, há alguns padrões gerais: na Alemanha, Portugal, Espanha e Itália, a gorjeta não é obrigatória, mas arredondar a conta ou deixar 5% a 10% é comum; na Grécia, tende a ser mais generosa, entre 10% e 15%; em França, a taxa de serviço costuma estar incluída, mas é habitual arredondar ou deixar algum troco extra.
Graeme Buck, Diretor de Comunicações da ABTA, sublinha: “As práticas de gorjeta variam bastante em todo o mundo, por isso não é de estranhar que muitos viajantes se sintam inseguros. Em alguns países, como os Estados Unidos, a gorjeta é essencial, enquanto noutros, como o Japão, não é de todo esperada. Um pouco de preparação antes de viajar pode ajudar a sentir-se mais confiante e a evitar situações embaraçosas – seja verificando com o seu agente de viagens, perguntando no hotel ou simplesmente levando consigo uma pequena quantia em moeda local para gorjetas.”






