Domingo, Maio 18, 2025
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Roadshow da MSC: “Estamos confiantes que 2024 ficará acima das expectativas”

Lisboa recebeu com casa cheia a terceira etapa do roadshow anual da MSC Cruzeiros que dá a conhecer aos agentes de viagens as várias novidades para a temporada 2024-2025. O evento, que está a percorrer várias cidades, conta com a colaboração dos parceiros TAP e Emirates.

À margem do roadshow, Eduardo Cabrita, diretor geral da MSC Cruzeiros em Portugal, falou aos jornalistas para fazer um balanço otimista do ano, mesmo com dois meses cruciais ainda por vir. “O balanço é relativamente fácil, porque, felizmente, assim como no turismo em geral, o setor dos cruzeiros está a correr de forma muito positiva. De qualquer maneira, temos ainda dois meses pela frente que vão fazer a diferença por duas razões: os cruzeiros com saída e chegada ao Dubai, em parceria com a Emirates, são realizados no inverno, em novembro e dezembro, e isso faz uma grande diferença. Além disso, este ano, pela primeira vez, teremos também, em novembro e dezembro, o nosso navio Ópera a realizar cruzeiros com saída e chegada ao Funchal. Isso terá um impacto significativo até abril, embora, nos últimos dois meses, esteja concentrada praticamente metade das vendas dos próximos quatro meses, que vão de janeiro a abril. Mas, de qualquer forma, estamos muito otimistas em relação ao ano, especialmente quando comparado com 2023 e, claro, com os anos anteriores. Não quero ainda mencionar um número concreto nem estabelecer um orçamento que consideramos não ser o mais adequado neste momento. Tínhamos alguma expectativa quanto a esse crescimento e sentimos, a partir de setembro e outubro, especialmente após as férias, uma subida ainda melhor do que esperávamos. Portanto, estamos confiantes de que será melhor e que ficará acima das expectativas”

Eduardo Cabrita destacou que os itinerários com partida e chegada a Lisboa têm sido um grande sucesso. “Desde que iniciamos o Lisboa-Lisboa há 15 anos, a operação cresceu substancialmente nos últimos dois anos. Este ano, tivemos 21 cruzeiros de abril a outubro, um aumento significativo em relação aos quatro ou cinco de anos anteriores. Para o próximo ano, planeamos manter essa operação com o novo navio Música, que também fará cruzeiros a partir do Funchal. Até agora, Lisboa-Lisboa correu como nós tínhamos planeado, mas para todos os efeitos não somos só o único mercado emissor. Há vários mercados emissores, especialmente os grandes mercados como Espanha, França e Itália, porque os navios também fazem estas escalas. Mas felizmente para Portugal estamos muito contentes com o que fizemos até agora”.

Quando questionado sobre os principais mercados emissores para os cruzeiros de Lisboa, Cabrita revelou que a Itália lidera, seguida pelos países escandinavos, especialmente a Alemanha, e depois pela França e Espanha. “A quota de passageiros portugueses nos cruzeiros Lisboa-Lisboa é esperada entre 15% e 18%, com potencial para um leve crescimento em 2025, vai depender do que nós possamos fazer ainda no ano, porque os Emirados e o Funchal podem subir.”

Balanço Fly&Cruise

Acompanhado pelos responsáveis da Emirates e da TAP, David Quito e Melanie Oliveira da Silva, respectivamente, Eduardo Cabrita também fez um balanço dos programas de Fly&Cruise da MSC. “Estamos extremamente contentes pela parceria que temos com a TAP e com a Emirates, porque ninguém faz um cruzeiro sem fazer um voo. Portanto, como portugueses, todos sentimos isto; seja qual for a viagem, o voo está sempre presente e faz parte do itinerário, praticamente. A TAP tem voos diretos para os locais onde nós temos os navios — imensos locais —, não estamos apenas a realizar allotments, mas também a disponibilizar o que chamamos de FITs automáticos. Isso permite-nos ir buscarr o inventário da TAP e gerar o cruzeiro, o pacote, os transfers e tudo o mais. A tecnologia já permite fazer isto de uma forma mais efetiva. Para outros destinos, como Veneza, Copenhaga, Hamburgo e Miami, precisamos realizar allotments para garantir volumes. Nesse aspecto, tem sido muito profícuo, porque a TAP também percebeu que o setor dos cruzeiros e o negócio devem ser vistos de uma forma diferente, não só como operadores, mas com muito mais antecipação. O mesmo se aplica à Emirates, com a qual já trabalhamos há muitos anos desde que temos navios nos Emirados Árabes Unidos — ora em Dubai, ora em Abu Dhabi. A TAP atua mais no verão, pois se concentra em destinos ponto a ponto, enquanto a Emirates está mais presente no inverno, quando nossos navios estão nos Emirados.”

Eduardo Cabrita não tem dúvidas que esta colaboração “é para continuar; não há outra forma. Acreditamos que, na MSC Cruzeiros, se houver esse pacote, isso torna-se uma grande vantagem competitiva em relação aos nossos concorrentes, não só em Portugal, mas em outros países. Ao dizermos aos agentes de viagens que não precisam de se preocupar com a operação — somos nós que cuidamos de tudo —, eles podem focar-se naa vendas. Assim, temos uma velocidade muito mais acelerada nas vendas, enquanto nós tratamos da operação”.

Relativamente às novidades para o próximo ano no segmento Fly&Cruise, Eduarco Cabrito destacou a expansão do número de portos e cidades com voos diretos ou onde existam portos de embarque. “É importante notar que, por exemplo, uma guerra em determinada localidade pode mudar toda a dinâmica, como já sentimos no Médio Oriente e no Mar Vermelho. Se conseguirmos oferecer uma ampla gama de opções para as pessoas viajarem, elas poderão tomar decisões com mais facilidade. Assim, vamos perceber melhor o que está a acontecer e como devemos planear o futuro. Portanto, a ideia é ser o mais abrangente possível, tanto para os agentes de viagens quanto para os consumidores finais”.

Expetactivas para 2025

Em relação às expectativas de vendas para 2025, Eduardo Cabrita mencionou que o crescimento do setor é moderado, em parte devido à limitação na construção de novos navios. “Há um detalhe que faz todo o sentido, tanto para a MSC Cruzeiros quanto para o setor. O setor não cresce a uma velocidade exorbitante. Porquê? Porque existem apenas cerca de 16 estaleiros que produzem navios. Se houvesse 50 estaleiros a produzir navios, provavelmente, em vez de 500, haveria mil. Isso significa que a oferta começa a ser menor do que a procura no setor dos cruzeiros, o que é positivo para manter um determinado nível e desenvolver uma estratégia sobre onde colocar os navios. Por isso, do nosso lado, vamos lançar o World America, um novo navio que estará nas Caraíbas durante praticamente todo o ano, o que nos proporcionará um aumento em termos de produção. Agora, isso dependerá um pouco dos mercados que estão praticamente a sair da pandemia, como os escandinavos e a Alemanha, que estão a retomar a vontade de viajar como antes. Se esses mercados estiverem tão dinâmicos como eram anteriormente, podemos enfrentar alguma pressão. Há uma pressão sobre os camarotes, e os navios são limitados; assim, quem conseguir reservar ao melhor preço, da melhor forma, chegará mais rápido”.

Apesar disso, Eduardo Cabrita está “confiante que o mercado português, se tudo correr bem, continuará nesta aceleração, mesmo que de forma mais suave, dentro do setor dos cruzeiros. Não apenas connosco, mas em todo o setor. As pessoas já compreenderam que fazer um cruzeiro é muito mais do que umas simples férias e que oferece muito mais valor incluído do que outros tipos de férias. Portanto, acredito que essa mensagem continua a ser passada da melhor forma, e estamos esperançosos de que seja um bom ano também”.

Sobre a marca Explora, que também esteve em destaque no roadshow, Eduardo Cabrita observou que Portugal ainda está numa fase inicial da procura por turismo de luxo, mas já há um interesse crescente. “Portugal apresenta uma procura ainda diminuta, o que era de se esperar. Começámos de forma bastante lenta. Os grandes mercados emissores europeus são, na verdade, Espanha, França, Itália, Alemanha e Inglaterra; depois, temos os Estados Unidos e a Ásia também como mercados emissores, e é aqui que realmente faz a diferença. Para mercados menores como Portugal, Bélgica, e, por exemplo, a Holanda, são mercados que estão a dar os primeiros passos no turismo de luxo. Não podemos esperar que, nos próximos 2, 3 ou 5 anos, esses mercados venham a representar uma fatia significativa. Oxalá fosse assim, mas não acredito que o seja. No entanto, temos aqui vários ganchos. Por exemplo, muitas pessoas que já fizeram o Yacht Club com a MSC, que é o segmento mais premium da empresa, estão agora a optar por fazer a experiência com a Explora. Portanto, existe uma continuidade que realmente faz sentido seguir. Por outro lado, estamos também a tentar compreender melhor o mercado de luxo. Somos, como empresa, contemporâneos. Costumamos dizer que, quando começámos a navegar, não sabíamos servir um café a bordo, mas já sabíamos fazer algo no mar. Neste momento, já sabemos servir um café; agora, temos de servir um café de uma nova forma. Portanto, acho que essa é uma constante descoberta. Contudo, em relação aos números, estamos a falar de valores muito reduzidos.”

Por fim, Eduardo Cabrita fez um balanço positivo do roadshow, destacando a participação ativa dos agentes de viagens. “Temos casa cheia hoje, e posso falar por este momento. Estamos muito contentes por mais uma vez isso acontecer. Acredito que o Roadshow continuará a ser um sucesso, pois os agentes de viagem, que são o foco deste evento, estão connosco e percebem o valor que trazemos para eles. Espero poder contar com eles, assim como eles podem contar connosco. O que todos devemos dizer é: obrigado aos agentes de viagens”.

Como parceiro do evento e da MSC, David Quito, diretor geral da Emirates em Portugal, afirmou: Gostaria de agradecer ao Eduardo por mais este ano de parceria e por este convite. Para nós, faz todo o sentido, pois o Dubai é a nossa casa. O Dubai quer se mostrar ao mundo como uma cidade muito global, e os cruzeiros acabam por ser mais uma vertente desta cidade global. Isso nos aproxima de outro tipo de segmento que não é apenas o de praia, luxo ou compras, mas uma nova oportunidade que conseguimos explorar”. David Quito acrescentou ainda: “Temos a possibilidade de operar um avião de grande capacidade no mercado de Lisboa, com cerca de 45 mil passageiros por mês. Isso nos permite também ter allotments e atender a muitos grupos, incluindo grupos de MICE que procuram o Dubai como destino, integrando alguns cruzeiros. Temos todo o interesse em apresentar o Dubai como esta nova vertente de cruzeiros. Portanto, espero que continuemos juntos no próximo ano, pois isso faz todo o sentido para nós”.

Por sua vez, Melanie Oliveira da Silva, Global Sales Manager Leisure da TAP, completou: “Temos vindo a desenvolver esta parceria, especialmente nos últimos dois anos, criando uma abordagem mais global, tanto com os destinos da Europa, como os allotments em Veneza, Copenhaga, Hamburgo, e agora começámos a ter Miami.”

A noite ficou ainda marcada por uma revelação: O MSC Poesia fará um itinenário pelo Alasca de maio a setembro de 2026, com saída de Seattle. As vendas para este cruzeiro começam a 28 de outubro.

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