Sexta-feira, Maio 23, 2025
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SET reconhece que setor continua a precisar de ajuda e fala “em grito de alerta” no congresso da APAVT

A Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, esteve no encerramento do 46º congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), esta sexta-feira, dia 3, em Aveiro, onde classificou o momento como um “grito de alerta do setor”.

“Este é um reencontro também para dar nota deste grito contra o medo. Penso que nos assiste sobretudo falar de um grito de alerta”, disse no discurso de encerramento. “Estou grata também à APAVT por dar esse grito de alerta de sobrevivência do setor. O setor merece que continuemos a lutar. Portanto, este encontro foi também uma oportunidade para que possam fazer este grito de alerta que continuam a solicitar ajuda”

Agradecendo à associação por ter tido sempre uma abordagem “muito leal”, Rita Marques enalteceu o tema do congresso, “o Reencontro”, mas lamentou que não pudesse ser um reencontro de todos, aludindo ao facto de algumas empresas não terem aguentado a crise.

“Este é um reencontro de muitos, mas não é de todos, perdemos alguns. Ficou aqui bem evidente, nas intervenções anteriores, durante estes dias de trabalho, que foi feito um esforço coletivo e individual – dos empresários, da parte pública e dos próprios trabalhadores, mas sabemos que nem todos podemos estar aqui neste reencontro. Perdemos algumas empresas”, afirmou a responsável.

Rita Marques sublinhou o momento difícil pelo qual o turismo tem passado com recurso aos números: “Em 2019, tivemos, ao nível de resultados líquidos do setor, mais de mil milhões de euros, em 2020 estamos a falar de cerca de 1,5 mil milhões negativos. Pese embora termos todos feito um esforço assinável, é bem verdade que esse esforço nunca seria suficiente para compensar a ausência de clientes e uma ausência muito prolongada no tempo. Nas primeiras reuniões que tivemos com a APAVT, falávamos  se seria possível salvar a Páscoa, não salvámos a Páscoa, não salvámos o Natal, não salvámos a Páscoa em 2021 e vamos ver se salvamos a Páscoa em 2022. Portanto são tempos muito desafiantes e difíceis”.

75% das agências recorreram a apoios

Sobre os apoios para o setor, a responsável da pasta do Turismo confirmou que “vamos continuar a trabalhar no programa de apoio à manutenção do emprego” e destacou a Linha de Apoio de 150 milhões para o turismo. “Temos hoje já aberta a Linha de Apoio do Turismo de 150 milhões, uma linha importante para àquelas empresas que não conseguiram aceder à linha dos vouchers, porque permite que empresas com capitais negativos em 2019 possam corrigi-los e aceder a essa linha, de modo a garantir o estorno dos valores relativos aos vouchers. Tivemos algumas empresas que, pese embora tenham predisposição para corrigir os seus capitais em 2019, não o puderam fazer porque não eram ilegíveis na linha dos vouchers. Esta também é uma linha importante porque viabiliza plafonds majorados para as agências, ou seja, tem uma valorização positiva para as agências de viagens”. Rita Marques afirmou ainda que “só 75% das nossas agências de viagens socorreram-se até ao momento das várias linhas de apoios o que não deixa de ser, de alguma forma, desconcertante, e deve ser por essa razão que este não é um reencontro de todos”.

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