Sexta-feira, Maio 23, 2025
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Small Portuguese Hotels quer chegar aos 250 membros nos próximos 3 anos

Entrevistámos Pedro Colaço, CEO da Small Portuguese Hotels, sobre o começo daquela que já é a maior rede hoteleira portuguesa, as vantagens que os hotéis e clientes têm em pertencer a esta marca e as razões da aposta na parceria com a HotelShop, a principal central de compras em Portugal, especializada no setor hoteleiro.

A Small Portuguese Hotels (SPH) surgiu em plena pandemia, em 2020, e é uma iniciativa da Great Hotels of the World que visa apoiar os “pequenos e autênticos” hotéis em Portugal numa das alturas mais desafiantes da sua existência. Com cerca de 140 membros, a SPH foi criada para dotar os pequenos hotéis de uma marca reconhecida, bem como de ferramentas digitais e operacionais para melhorar a sua competitividade.

Pedro Colaço, CEO da SPH, conta que a ideia para a criação da cadeia já vinha de trás “mas só foi possível pela conjugação de dois fatores, que juntos culminaram na oportunidade de criar a SPH: temos a equipa da Great Hotels of the World in-house, especializada em vendas e marketing de hotéis independentes; e a situação muito particular da Covid19.”

Sentiram que o seu papel, “em termos de apoio à economia portuguesa, poderia dar ferramentas aos pequenos hoteleiros para poderem otimizar as suas vendas, ganhando escala e funcionando sob uma marca “umbrella”.” A estratégia de marca umbrella consiste em aproveitar a força de uma marca reconhecida e apreciada para o lançamento de novas marcas, produtos ou serviços dentro de uma mesma empresa.

Segundo Pedro Colaço, há inúmeras vantagens para um pequeno hotel em pertencer à SPH. Além de passarem a pertencer a uma marca relevante, que está em crescimento e que tem tido uma enorme aceitação nos clientes de hoje que procuram “autenticidade, relação qualidade/preço e variedade de escolha, para além de facilidade de reserva.” Além disto, os hotéis têm acesso a novos segmentos de clientes, tanto nacionais como internacionais.

Em aproximadamente um ano, a SPH conseguiu reunir cerca de 140 hotéis, mas o CEO diz que o objetivo a três anos é de angariar 250 membros.

Para os clientes existe uma clara vantagem em reservar um quarto de hotel pelo site da SPH, porque a marca “oferece uma coleção de hotéis e outros alojamentos cuidadosamente selecionada, entre tantas unidades em Portugal: várias categorias, vários tipos de alojamento, mas todos com Clean & Safe e ótima pontuação nos portais de opiniões.” Além disto, o contacto é feito diretamente com o hotel, um aspeto fundamental nestes momentos mais conturbados que vivemos enquanto viajantes e turistas.

“Existe ainda uma política que devolve 5% do valor da reserva para o consumidor utilizar em compras online ou doar a quem mais precisa. Além disso, ao fazer uma reserva pelo nosso site, os clientes estão a apoiar diretamente a economia local: as estadias mantêm o tecido empresarial local vivo – maioritariamente constituído pelas milhares de PMEs – e 1% das receitas revertem a favor da REA”, acrescenta.

Balanço de 2021

Embora tenha sido um ano conturbado, com meses de restrições em todo o setor turístico, Pedro Colaço faz um balanço francamente positivo. “Tivemos oportunidade de conhecer melhor o nosso cliente, o que para nós é uma preocupação constante. Temos inquéritos permanentemente a decorrer no site, com perguntas sobre tendências e preferências e vamos ajustando o nosso conteúdo.”

Implementaram também ferramentas de marketing digital, como o metasearch via Google Hotel Ads, com grande êxito em todos os hotéis da SPH e produziram um website e email marketing em inglês, como forma de atrair clientes. A comunicação foi constante, com um total de 26 newsletters a serem lançadas durante este ano.

Parcerias com marcas

Pedro Colaço destaca a questão da comunicação externa como ferramenta para expandir a marca. Os hotéis que pertencem à SPH estão constantemente a ser promovidos, através de parcerias com órgãos de comunicação e marcas, mas também com influenciadores relevantes, além de dezenas de press trips.”

Conseguiram chegar aos clientes portugueses via marketing online, “mas sobretudo com parcerias com marcas reconhecidas pelos portugueses, tais como Delta e CTT.” Recentemente, a Galp também se tornou parceira da SPH e Pedro Colaço confessa que pretende trabalhar com outras marcas no futuro.

Para terminar o ano da melhor forma, o CEO revela-se muito feliz com a nova parceria com a Hotelshop. O que motivou este protocolo de colaboração, segundo o responsável, foi “a perceção de que os pequenos hoteleiros independentes precisam de escala – tanto nas operações como na distribuição.”

Pedro Colaço, realça ainda que “a negociação de compras é uma área especializada e a Hotelshop é uma central de compras especializada em hotelaria, com provas dadas. Para além disso, esta parceria permite-lhes poupar cerca de 10% em compras”.

HotelShop

Pedro Colaço, CEO da SPH e Miguel Paredes Alves, presidente da Hotel Shop.

Por sua vez, Miguel Paredes Alves, presidente da HotelShop, a principal central de compras em Portugal, especializada no setor hoteleiro, explica que já contam com mais de 300 hotéis associados, “e a SPH opera com cerca de 140, dos quais apenas 15 são comuns a ambas as entidades.”

O presidente da HotelShop realça que isto abre uma janela de oportunidade “para colaborarmos com a SPH no sentido de divulgar e incentivar mais adesões. Para reforçar a nossa presença no mercado e, consequentemente, aumentar ainda mais o nosso poder negocial junto dos fornecedores da hotelaria.”

Atualmente, interessa à HotelShop apoiar mais hotéis de pequena e média dimensão, como é o caso dos hotéis associados à SPH – “que têm um departamento de compras pequeno e carecem de um ou mais dos seguintes 3 elementos vitais para o sucesso da função compras: know how, tempo e poder negocial.”

Assim, a parceria entre a SPH e a HotelShop é, segundo Miguel Paredes Alves, o “casamento perfeito”: “para a SPH, aumenta e complementa o leque de serviços disponibilizados aos hotéis da marca, passando a agir do lado das compras e não apenas nas vendas. Para nós, permite uma divulgação e credibilização num segmento da hotelaria onde queremos muito crescer.”

O presidente da HotelShop confessa que com a crise do setor turístico, associada à pandemia, foi difícil manterem-se ativos. Contudo, não despediram ninguém, nem colocaram funcionários em lay-off. Para além da HotelShop, operam também a marca SocialShop, onde prestam serviços idênticos a cerca de 300 instituições de caráter social, como escolas, creches, lares e centros paroquiais.

“Nunca deixámos de apoiar os nossos hotéis associados, mesmo quando quase não faziam encomendas, sobretudo na aquisição de equipamentos de proteção individual – onde, numa primeira fase, conseguimos alcançar enormes poupanças, num mercado absolutamente caótico, onde imperava a especulação, o açambarcamento e a ignorância sobre produtos, preços e fornecedores”, conclui Miguel Paredes Alves.

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