A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, anunciou na passada terça-feira, dia 14, no parlamento, que a companhia aérea vai operar voos do Porto para Nova Iorque e para o Brasil, no inverno.
“Podemos confirmar que vai haver voos do Porto para Nova Iorque e para o Brasil”, adiantou a responsável, em resposta às questões dos deputados da comissão eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19 e do processo de recuperação económica e social, onde foi ouvida esta tarde.
“Os restantes voos vão ser analisados e decididos numa base casuística. Estou a falar dos voos de longo curso que servem também para alimentar o ‘hub’ de Lisboa”, acrescentou a presidente executiva, depois de ter sido questionada sobre o desinvestimento da TAP no aeroporto do Porto nos últimos anos.
Quanto à abertura das fronteiras aéreas com o Brasil, em 16 de setembro, Christine Ourmières-Widener sublinhou que aquele país tem quase o mesmo peso que Portugal nas vendas da TAP, demonstrando assim a sua importância.
Questionada sobre a ausência de Porto Santo, na Região Autónoma da Madeira, do plano de rotas para o inverno, a responsável argumentou que a decisão foi tomada com base em estudos de mercado, mas que poderá ser feita uma reavaliação, caso surjam novas informações.
“Até ao momento, a informação que temos não nos permite operar esta rota, este inverno”, apontou.
Já relativamente à Venezuela, que proibiu a TAP de voar para aquele território, Christine Ourmières-Widener admitiu que se trata de uma situação complicada, embora não esteja “nas mãos” da companhia aérea resolvê-la.
“Eles têm uma série de exceções, como o caso do Natal, e nós vamos usá-las ao máximo para ir ao encontro das necessidades das comunidades” portuguesas naquele país, explicou a presidente executiva.
Por fim, questionada sobre um acordo de ‘codeshare’ [partilha de venda de bilhetes] com a JetBlue, de David Neeleman, antigo acionista da TAP, que teve início em 2016, a responsável esclareceu que há um acordo que está a ser revisto.
“A nossa intenção é sermos mais proativos e aumentar as nossas receitas”, adiantou, em relação ao acordo.