Os tripulantes de cabine da Sata Air Açores vão estar em greve de 18 a 24 de julho. Os trabalhadores reivindicam uma valorização salarial e melhores condições de trabalho a bordo das aeronaves.
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) convocou a paralisação dos cerca de 60 trabalhadores da Sata Air Açores, que assegura as ligações entre as nove ilhas.
Ricardo Penarróias, presidente do sindicato, disse esta sexta-feira, 4 de julho, à agência Lusa que o acordo negociado e a proposta apresentada está “aquém das expectativas”, não conseguindo “atenuar o fosso que vem existindo ao longo dos anos com outras classes profissionais”.
“A empresa, ao longo dos anos, foi desvalorizando os tripulantes da Sata Air Açores”, afirmou o sindicalista, acrescentando que estes “exigem as mesmas condições que têm os outros trabalhadores do grupo”.
Outro motivo da paralisação, disse, prende-se com as condições de trabalho nos aviões Dash 200, que “são muito antigos e têm criado imensos problemas na companhia, mas também no próprio trabalho”.
“As condições de trabalho [no Dash 200] são péssimas, não só a nível da sonoridade, mas também do calor que se faz sentir nos aviões, que é insuportável”, disse, considerando que “a empresa tarda em encontrar soluções alternativas e material que dê algumas condições para atenuar” a situação a bordo.
Ricardo Penarróias indicou que já foi pedido à empresa para fazer uma “gestão mais adequada” dos Dash 200, a par de “menor tempo de voos e, sobretudo, melhores condições de trabalho”. Para o sindicalista, “nesse ponto em particular, a empresa podia perfeitamente controlar e ser audaz”.





