Quarta-feira, Fevereiro 19, 2025
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Turismo espacial vai aumentar exponencialmente nos próximos anos

O mercado das viagens turísticas ao espaço irá aumentar exponencialmente nos próximos anos, de acordo com as projeções da Freedom Finance, especialista no mercado bolsista. As previsões da UBS, holding financeira da Suíça, corroboram o potencial de mercado do turismo espacial, estimando-o em quatro mil milhões de dólares (€3,7 mil milhões), embora em 2019 a empresa tenha dado uma estimativa de mercado de três mil milhões de dólares (€2,7 mil milhões).

Já a Northern Sky Research (NSR), no seu relatório “Space Tourism and Travel Markets”, reflete que cerca de 57.000 passageiros irão voar para o espaço até 2031.

Neste sentido, a Freedom Finance divulgou os três mercados nichos e as três empresas que estarão mais bem posicionadas para um investimento financeiro de sucesso. O primeiro nicho de mercado diz respeito à componente comercial de compra de ações. Qualquer pessoa pode comprar ações da Virgin Galactic, porque a empresa está cotada na bolsa de valores dos EUA, a NYSE.

O segundo nicho diz respeito ao setor da hotelaria: hotéis, companhias aéreas e operadoras de turismo ainda não anunciaram planos específicos para o turismo espacial, mas não estão longe, de acordo com a Freedom Finance. A empresa afirma que o Ritz-Carlton, o Marriott International e a Delta Airlines vão querer capitalizar as viagens turísticas espaciais.

O terceiro nicho emergente é o do imobiliário espacial. A Orbital Assembly, uma empresa de desenvolvimento espacial, anunciou que planeia começar a construir o primeiro hotel espacial do mundo em 2025. A Orion Span fez um anúncio semelhante, em abril de 2018, na conferência Space 2.0 em San Jose, Califórnia. Neste caso, anunciaram que o Aurora Station (Estação Aurora) será o primeiro hotel do mundo em órbita. A Gateway Foundation (GATEX) construirá módulos (ginásio, restaurante, bar) para hotéis espaciais. Está previsto que estes módulos sejam arrendados.

Virgin Galactic, Blue Origin e SpaceX

A Freedom Finance confirma as três empresas mais bem posicionadas, no mercado das viagens espaciais, nomeadamente a Virgin Galactic, a Blue Origin e a SpaceX.

A Virgin Galactic foi a primeira empresa espacial a abrir o capital, em outubro de 2019. A flutuação ocorreu por meio da fusão SPAC. No momento da publicação, as suas ações estão a ser negociadas na NYSE, por quase 30 dólares cada (27,80€). Esta é uma empresa de crescimento em três fases, segundo a Freedom Finance. Na primeira fase, as receitas vêm da venda de passagens para voos privados e da pesquisa de microgravidade, infraestrutura espacial e serviços. Na segunda fase, a Virgin Galactic planeia oferecer voos de longa distância (hipersónicos e supersónicos) e explorar um mercado de aviação de 900 mil milhões de dólares e, a longo prazo, a empresa quer permitir que os clientes comprem imóveis no espaço e usem recursos e energia espacial.

A Blue Origin foi fundada em 2000, por Jeff Bezon. Desde 2015, a Blue Origin realizou 15 voos de teste. Para além de um pouso de emergência no booster no primeiro lançamento, todos os voos foram bem-sucedidos.

A SpaceX, empresa de Elon Musk, está a desenvolver ativamente dois projetos espaciais: Starlink (que está a criar uma rede de milhares de satélites para fornecer internet de alta velocidade em todo o mundo) e Starship (está a criar um sistema para enviar pessoas e cargas “para a lua, Marte e além”). Se tudo correr bem financeiramente, a Starlink tornar-se-á pública, de acordo com a Freedom Finance.

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