Sexta-feira, Maio 16, 2025
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UE renuncia mapa de contágio como guia para a gestão da pandemia

Esta semana, a União Europeia dará o primeiro passo para um novo modelo de gestão da pandemia que visa retirar as restrições generalizadas utilizadas até agora para travar a covid-19, noticia o El País.

O Conselho da UE pretende aprovar esta terça-feira, dia 25, a supressão do mapa de contágio como guia para o estabelecimento de limitações à circulação entre países, uma alteração que visa facilitar a mobilidade e recuperar uma certa normalidade. A imposição de medidas como a necessidade de teste negativo ou de quarentena já não dependerá da origem geográfica do viajante, mas sim do estado do seu certificado covid-19.

As pessoas que foram vacinadas, que superaram a doença ou passaram por um teste negativo poderão movimentar-se livremente. O mapa de incidência cumulativa para 14 dias, elaborado pelo Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC) e que até agora determinava as possibilidades de circulação em cada região, continuará a ser atualizado semanalmente, mas terá um caráter meramente informativo.

A Comissão Europeia já havia proposto, em novembro do ano passado, a supressão de restrições ou medidas preventivas aplicadas de forma generalizada a uma região ou país, com base na sua taxa de incidência. A União Europeia acreditava que as viagens deveriam ser restritas apenas em áreas com uma taxa muito alta de infeção e baixa taxa de vacinação, mas a mudança foi bloqueada pelo aparecimento da variante Ómicron.

A União Europeia, de acordo com o El País, acredita que chegou o momento de avançar para a aplicação de restrições personalizadas, que vão restringir ou condicionar a circulação de cada pessoa com base na sua própria situação de saúde.

A comissária europeia da saúde, Stella Kyriakides, alerta , no entanto, para a necessidade de manter a cautela. “Ainda é um vírus perigoso”, sublinhou esta semana em entrevista ao El País. A cascata de infeções provocadas pela Ómicron “é suficiente para sobrecarregar muitos sistemas de saúde”, pelo que estão a “ver um aumento de internações, por exemplo, nos EUA com um número de doentes e sobretudo crianças que entram no hospital”, acrescentou.

De acordo com a recomendação, que deverá ser aprovada na terça-feira, as pessoas que possam comprovar a vacinação completa, que tenham superado a doença ou que apresentem um teste negativo, não podem ser obrigadas a fazer novos testes ou quarentena independentemente da situação epidemiológica do seu país de origem.

A nova recomendação confirma, ainda, que a validade do certificado covid-19 após a conclusão do calendário de vacinação será de nove meses, conforme aprovado pela Comissão Europeia em caráter de urgência no final do ano passado. A medida visa promover a distribuição da dose de reforço, que já foi administrada a 40% da população adulta da UE.

O certificado de recuperação da doença permanecerá válido por 180 dias. No caso de testes de PCR, não há alterações e o resultado negativo será válido até 72 horas antes do início da viagem. No caso dos testes antígeno, o prazo é reduzido e a validade passa de 48 horas para apenas 24 horas.

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