A Unlock Boutique Hotels adquiriu o Villa Termal das Caldas de Monchique em 2019. Após três anos de renovações reabriram, em abril deste ano, o Pure Monchique Hotel. Inseridos dentro da vila, existe ainda o hotel Villa Termal – Hotel Central e o Villa Termal Central Suites & Apartments, que também pertencem ao grupo e que ainda estão em processo de renovação. O terreno tem cerca de 37 hectares e o grupo quer alcançar 130 quartos no destino.
Uma renovação profunda do antigo D. Carlos Regis, inserido na Villa Termal das Caldas de Monchique, deu lugar ao novo Pure Monchique Hotel. Este novo boutique hotel com 22 quartos e suites tem uma “decoração contemporânea e elegante, áreas mais amplas e luminosas, para proporcionar experiências únicas e inesquecíveis”.
Miguel Velez, CEO do grupo Unlock Boutique Hotels, sublinha que o objetivo desta renovação vem inserido na história que decorre da aquisição da vila e no seu objetivo inicial: remodelar todo o destino. “Quando nós adquirimos, há três anos, a Villa Caldas de Monchique tínhamos um plano de renovação total do destino que estamos atualmente a cumprir.” Começaram por renovar várias áreas sociais do hotel, como a receção, a sala de pequenos-almoços, e ainda o bar Alkaline e algumas lojas da vila, que também pertencem ao grupo.
Com a requalificação que a Unlock está a fazer do destino, Miguel Velez acredita que será possível chegar a um segmento diferente de clientes e afirma que esse é o seu objetivo. “Alguns clientes conhecem o destino, muitos deles já cá não vêm há muito tempo porque não encontravam na oferta existente aquilo que procuravam”. A Villa Termal das Caldas de Monchique tem opções para todo o tipo de cliente, do segmento médio ao alto. “Temos ofertas para todos os segmentos de clientes, de forma a podermos transversalmente criar uma oferta dentro de um destino.”
Resultados de 2019 a 2022
O ano passado foi um ano difícil para o setor do turismo e o Algarve não foi exceção. Porém, Miguel Velez sublinha que “apesar de tudo conseguimos compor aquilo que são os números do resort e conseguimos fazer estes investimentos que estão agora à vista.” O CEO afirma que mais importante do que os resultados foi “continuar a investir no destino e criar uma oferta de qualidade”. O grupo manteve o ritmo de investimento durante os dois anos de pandemia, “para que quando o turismo arrancasse, tivéssemos a remodelação pronta”.
Apesar das dificuldades sofridas no ano passado, o responsável do grupo anuncia que, este ano, já superaram os números de 2019. “Este ano está a correr de acordo com as nossas expetativas. Já estamos acima de 2019 e temos expetativa de que tudo vai acelerar, devido ao investimento que está a ser feito e daquilo que estamos a criar em Monchique”.
As reservas para o Pure Monchique Hotel abriram há cerca de um mês, após a remodelação, e “de dia para dia estamos a ter mais reservas e clientes”, segundo o CEO.
16 Unlock Boutique Hotels
O grupo Unlock Boutique Hotels tem 16 hotéis de norte a sul do país, que já reabriram na totalidade, exceto a Casa da Lavandeira. Este ano integraram uma nova unidade de alojamento, o 1877 Estrela Palace, em Aveiro.
Todos os destinos têm tido muitas reservas e boas taxas de ocupação, de acordo com o CEO. “Lisboa pensámos que fosse o último destino a arrancar, mas agora está com muita força e estamos com taxas de ocupação entre 80 ou 90%”. Alguns destinos mantiveram-se fortes, a nível de reservas, como foi o caso do Monverde Wine Experience Hotel (em Amarante), o Sobreiras Alentejo Country Hotel (em Grândola), as unidades de Viana do Castelo e a Albergaria do Calvário (Évora). Em alguns hotéis, em 2021, conseguiram ultrapassar os valores de 2019.
Miguel Velez confessa que estão a fechar novos destinos e a prepararem-se para novas aberturas, que vão ser reveladas ainda este verão.
Em 2021, em declarações ao TNews, Miguel Velez tinha falado na possibilidade de internacionalizar a marca, nomeadamente para Espanha. Porém, apesar das várias propostas que têm tido de mercados internacionais, “primeiro queremos estar fortes no mercado português e a continuar a fortalecer a nossa presença no mercado nacional, nomeadamente estando presente em sítios em que ainda não estamos”. Porém, não descarta essa hipótese e admite que o grupo está aberto a oportunidades.
“Ainda não fomos para mercados internacionais porque quando formos, ou se formos, não vamos apenas construir um hotel numa única região. Queremos chegar a uma local e construir uma rede de hotéis, ao exemplo daquilo que estamos a fazer em Portugal. Mas, se chegar um momento certo e a oferta certa cá estaremos para aceitar o desafio.”