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Vila Galé: Há 20 anos a “democratizar” a oferta de resorts no Brasil e vêm aí mais

Vinte anos depois da abertura do primeiro hotel no Brasil, a Vila Galé continua a acreditar no país e a prova disso é que vai abrir mais um resort com 514 quartos em julho de 2022 – o Vila Galé Alagoas, e iniciar a construção do Vila Galé Collection Cumbuco com 130 quartos, também no próximo ano. Em fase de concurso, está ainda uma terceira unidade, o Palácio Rio Branco, em Salvador da Bahia.

A cadeia hoteleira comemorou este sábado, dia 20 de novembro, o seu 20º aniversário no país, com uma festa no Vila Galé Fortaleza, a primeira unidade do grupo no Brasil. Fazendo o balanço destes 20 anos, Jorge Rebelo de Almeida acredita que a Vila Galé democratizou a oferta de resorts no país: “Quando chegámos aqui não havia resorts. Os resorts que existiam há 20 anos eram resorts com preços absurdos, que só uma classe muito alta conseguia ir”, disse o presidente da Vila Galé, na conferência de imprensa dos 20 anos da Vila Galé no Brasil. “Com boa gestão, fazemos uma oferta de qualidade por um preço muitíssimo mais atrativo e com condições de pagamento. Democratizámos a oferta de resorts, hoje muito mais gente têm acesso a um resort. Há resorts que cobram cinco mil reais e é evidente que não é acessível a qualquer bolsa”.

Jorge Rebelo de Almeida garante que a aposta no Brasil “é para durar”. “Continuo a acreditar no Brasil. Se há país que tem um potencial extraordinário para o turismo é o Brasil. E não desisto”, refere. No entanto, o “Brasil continua sem fazer o trabalho de casa que deveria fazer”, constata. “O trabalho de casa do turismo não é específico para o turismo. O Brasil tem de baixar o preço do transporte aéreo”, defende, dizendo que, se houvesse melhor acessibilidade aérea no mercado interno, os brasileiros viajariam mais. “Mesmo com pandemia, o mercado doméstico brasileiro disparou mais cedo que outros países, inclusive Portugal”, afirma.

Contudo, o transporte aéreo não é a única dificuldade. “O Brasil precisa de melhorar muita coisa e não consegue melhorar tudo de um dia para o outro, mas os exemplos estão feitos no mundo”, diz Jorge Rebelo de Almeida. “O México tem mais insegurança e é mais  violento que o Brasil. No entanto, criou pólos [de turismo] em Cancún e na Riviera Maya. Nesses lugares, a limpeza, a infraestrutura e a segurança são de primeira”, exemplifica. Contudo, o responsável defende que a primeira preocupação dos países não deve ser “fazer coisas para os turistas”. “Em primeiro lugar deve-se fazer coisa para proteger quem cá mora”.

O presidente da Vila Galé considera, no entanto, que é possível melhorar e deu o exemplo do novo projeto do Vila Galé para Alagoas “O campeão dos nossos licenciamentos foi agora em Alagoas. Em seis meses, licenciámos um projeto. Fizemos alguma aldrabice? Não, andou-se foi rápido. O governo tinha interesse que o projeto andasse e não deixámos de cumprir a legislação”.

Investimentos no Brasil

Apesar da pandemia, o grupo tem mantido o desenvolvimento dos seus projetos, tanto em Portugal, como no Brasil, preparando-se para abrir, neste último país, o Vila Galé Alagoas, na praia de Santo António do Carro Quebrado, em julho de 2022. O projeto, com 514 quartos, resultará de um investimento de 150 milhões de reais (24 milhões de euros), embora as contas ainda não estejam fechadas, porque “os preços dispararam”, afirma Jorge Rebelo de Almeida. Ainda no Brasil, o grupo vai iniciar a construção, no próximo ano, do Vila Galé Collection Cumbuco, com 130 quartos, mas cujo investimento ainda não está avaliado.

Palácio Rio Branco, Salvador © Direitos reservados

Por fim, em fase de concurso, está o Palácio Rio Branco, em Salvador da Bahia. “Tomámos o risco – para conseguirmos ter melhor êxito e uma vitória no concurso – de elaborar os projetos todos. Podemos perder aquilo. Já gastámos o dinheiro, mas penso que vamos ganhar. Temos um projeto muito bem feito”. Se A Vila Galé ganhar o concurso, o projeto deve começar a ser construído em maio/junho, logo após a conclusão do resort de Alagoas.

A Vila Galé não descarta a possibilidade de abrir outras unidades no Brasil, em Estados onde ainda não marca presença, como é o caso do interesse demonstrado recentemente pela instalação de um hotel em Minas Gerais.

“Gostávamos de ter presença num novo Estado”, confirma Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do grupo, também presente na conferência. “Estamos permanente a estudar várias oportunidades. O caminho que fizemos em Portugal é o caminho que queremos fazer no Brasil e descobrir novas oportunidades”, garante.

Já Jorge Rebelo de Almeida justifica o interesse por Minas Gerais com o facto de ser “o segundo Estado emissor de turistas para os nossos resorts no Nordeste”, a seguir a São Paulo.

Em Portugal, o grupo vai arrancar, no primeiro trimestre do ano, com as obras de dois novos hotéis, um em Tomar e outro em Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel. Tem, ainda, em planeamento a construção de um hotel para crianças no Alentejo, o Vila Galé Nep Kids, e um hotel para adultos. Sobre o hotel para crianças, o presidente da Vila Galé revelou alguns pormenores: “Vamos fazer o hotel dos nossos sonhos. Vai ser tudo aquilo que possam imaginar. A decoração dos quartos vai ter papel de parede com figuras histórias que já eram génios em crianças”, revela Jorge Rebelo de Almeida.

*Viajou para Fortaleza a convite da Vila Galé

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