Como sabemos através do nosso dia-a-dia, a tecnologia foi um dos setores que mais evoluiu com a pandemia e, segundo um artigo publicado no National Geographic, existem 5 inovações tecnológicas nas viagens que vieram para ficar.
20 meses depois desde o início da pandemia, as inovações tecnológicas passaram de futuristas a familiares. Atualmente, é incomum não ter acesso a menus ou a certificados de vacinação através de um QR-Code.
Como tal, é inevitável que o setor do turismo continue a usar muitas das inovações tecnológicas que tiveram origem na pandemia.
“Os consumidores esperam que as tecnologias os tornem mais confiantes nas suas viagens”, diz Steve Shur, presidente da Travel Technology Association. “Algumas dessas mudanças vieram para ficar”, acrescenta.
Na realidade, uma pesquisa da Pew Research prevê que, em 2025, o nosso dia-a-dia seja ainda mais afetado por algoritmos, trabalho remoto e o que algumas pessoas chamam de “tele-tudo”.
Contudo, apesar dos dispositivos de tradução em tempo real ou o controlo de passaporte através do reconhecimento facial tornarem as viagens mais seguras e eficientes, existem desvantagens como a segurança dos dados pessoais, a falta de privacidade e a tecnologia tendenciosa.
Algumas das inovações que vão continuar a estar presente nas viagens são:
A realidade virtual aumentada, esta realidade veio a ganhar forma na pandemia devido ao confinamento em que o mundo inteiro estava. Por isso, alguns museus e destinos turísticos apostaram na realidade virtual aumentada, pois passou a ser possível ver uma exposição que parecia ser em tempo real através de um dispositivo móvel.
Contudo, prevê-se que esta inovação tecnológica continue a ser utilizada no período pós pandemia. Anu Pillai, diretor do Digital Center of Excellence at Wipro, empresa tecnológica, assegura que “a realidade virtual não vai substituir as viagens e o turismo. Vai somente melhorá-lo”.
Outra das inovações que veio para ficar é o controlo de multidões em forma de robô. Esta tecnologia já está a ser usada em aeroportos, em cidades e em museus para que o distanciamento social seja cumprido.
Um exemplo da eficiência desta tecnologia é Veneza. Durante a pandemia, a cidade italiana utilizou câmaras que eram para capturar criminosos, para rastrear os visitantes da cidade. Acredita-se que estas câmaras vão continuar a ser utilizadas para que seja possível contar o número de pessoas que está num determinado ponto turístico para que o mesmo não fique muito lotado.
Simone Venturini, principal autoridade do turismo de Veneza, diz ao New York Times que “sabemos minuto a minuto quantas pessoas estão a passar e para onde estão a ir. Temos o controlo total da cidade”.
A limpeza através da luz UV-C é uma das inovações tecnológicas que surgiu na pandemia para ajudar os hospitais a desinfetarem e a matarem os vírus por mais de duas décadas. Devido à sua eficácia, aeroportos, ginásios, teatros e outros espaços fechados públicos estão também a aderir à aquisição da UV-C.
O CEO da Ultra Violet Devices, Peter Veloz, afirma que “neste momento, a UV-C está no seu auge”.
Devido às propriedades germicidas que possui, a luz UV-C consegue eliminar a COVID-19 e através de robôs equipados com essa luz têm conseguido desinfetar várias superfícies.
O QR-Code é, talvez, a tecnologia que mais força ganhou na pandemia é que está mais presente no quotidiano das pessoas.
O QR-Code é uma caixa preta de pontos e traços pixelizados e podem ser verificados através de um dispositivo móvel que tenha uma câmara e através dessa caixa, dependendo para o sítio que se aponte, é permitido aceder a menus de restaurares, fazer pedidos e pagar contas.
Contudo, tem de se ter cuidado, porque através dos QR-Codes é possível ser-se hackado. Jay Stanley, analista sénior de políticas da ACLU, avisa que há empresas “que exploram a COVID-19 para estender o rastreamento” e avisa ainda que se deve ter cuidado com a utilização de QR-Codes em sítios que não sejam conhecidos.
Por fim, existem ainda as ferramentas de rastreamento de contactos que são muito utilizadas pelos grupos de saúde pública para rastrear pacientes que estão potencialmente expostos a doenças infeciosas e com a pandemia estas ferramentas foram intensificadas.
Por exemplo, tanto a Apple como o Google adicionaram funções de rastreamento de contactos aos novos softwares, permitindo que, caso as pessoas queiram, sejam dados alertas se estiveram em contacto com uma pessoa infetada.
“Há um grande reconhecimento sobre o valor e o papel importante do rastreamento de contactos para prevenção e controlo de doenças infeciosas”, afirma Elizabeth Ruebush, analista sénior de políticas de imunização e doenças infeciosas da Associação de Funcionários de Saúde territoriais e estatuais. Elizabeth Ruebush afirma ainda que “nunca vimos isto ser implementado à escala da COVID-19”.
Com estes cinco exemplos de inovações tecnológicas, pode concluir-se que a COVID-19 acelerou bastante a nossa adaptação a novas realidades. Contudo, a desvantagem é que isto pode tornar ainda mais difícil a nossa tarefa de nos desligarmos dos nossos telemóveis.