Os Açores bateram o recorde de dormidas em alojamentos turísticos pelo terceiro ano consecutivo. Em 2024, o arquipélago registou mais de 4,3 milhões de dormidas e 1,3 milhões de hóspedes, segundo dados do Serviço Regional de Estatística (SREA) da região.
“No ano de 2024 (dados preliminares), registaram-se 4,3 milhões de dormidas e 1,3 milhões de hóspedes, representando um acréscimo face ao ano anterior de 12,4% e 9%, respetivamente”, indica o Serviço Regional de Estatística. De acordo com os dados disponíveis na página do SREA, consultados pela Lusa, este é o valor mais elevado desde que há registos (2001).
Em 2022 e 2023, os Açores já tinham batido o recorde de número total de dormidas, ultrapassando os valores mais elevados até então, verificados em 2019, antes da pandemia de covid-19.
No ano passado, a estada média situou-se nas 3,29 noites, apresentando uma variação anual positiva de 3,1%, de acordo com o relatório do SREA.
Em dezembro, o crescimento homólogo de dormidas foi menos acentuado do que na média do ano de 2024, totalizando 129,5 mil dormidas, mais 4,9% do que no mês homólogo de 2023.
No total de 2024, as dormidas de turistas residentes no estrangeiro (2,9 milhões) representaram mais de metade do total (68,61%), o que significa um aumento de 12,4% em termos homólogos. Por sua vez, o mercado nacional, que registou cerca de 1,3 milhões de dormidas (31,4% do total), cresceu 3,7%.
Os Estados Unidos da América foram o maior mercado emissor a nível internacional, com 477 mil dormidas, seguindo-se a Alemanha, com 455 mil dormidas, e Espanha, com 420 mil. Já Espanha foi o terceiro mercado com maior crescimento homólogo (34,1%), apenas ultrapassada por Chéquia (69,4%) e Polónia (44,3%).
Em contraste, Israel (-11,9%) e Dinamarca (-5,5%) foram os únicos dois mercados que registaram decréscimos face a 2023.
Do total de dormidas, a hotelaria registou cerca de 2,3 milhões, o alojamento local 1,8 milhões e o turismo em espaço rural 186 mil. No entanto, foi o turismo em espaço rural a verificar a maior subida homóloga (25,2%), seguindo-se o alojamento local (17,3%) e a hotelaria (7,9%).
Considerando apenas os dois principais tipos de estabelecimentos de alojamento turístico, a hotelaria e o alojamento local, que concentraram 95,6% total de dormidas em 2024, todas as ilhas apresentaram um crescimento homólogo de dormidas.
A ilha das Flores registou o crescimento mais acentuado face a 2023, com 23,6%, o dobro da média regional nestas duas tipologias (11,8%). Seguiram-se a Terceira (16,1%), São Jorge (13,5%) e Pico (12,7%). São Miguel e Santa Maria registaram ambas uma subida de 11,1%, o Faial 7%, o Corvo 5,2% e a Graciosa 2,3%.
No ano passado, a ilha de São Miguel concentrou mais de metade das dormidas da hotelaria e alojamento local, com cerca de 2,8 milhões. Seguiram-se a Terceira, com perto de 559 mil dormidas, o Faial, com cerca de 236 mil dormidas, e o Pico, com cerca de 235 mil dormidas.
Os proveitos totais na hotelaria atingiram 187 milhões de euros, mais 18% do que no ano anterior. O rendimento médio por quarto disponível foi de 70,57 euros (mais 12,9%) e o rendimento médio por quarto utilizado foi de 116,68 euros (mais 11,1%).
No turismo em espaço rural, os proveitos totais foram de 18,2 milhões de euros, um aumento homólogo de 46,5%. Nesta tipologia, o rendimento médio por quarto disponível atingiu os 65,65 euros (mais 17%) e o rendimento médio por quarto utilizado 158,97 euros (mais 13,9%).
