Afinal o retorno às viagens não essenciais dos britânicos pode não acontecer a 17 de maio como foi avançado por Boris Jonhson em fevereiro, quando o primeiro-ministro britânico apresentou um roadmap para o desconfinamento.
Numa atualização a esse roteiro, o governo britânico deu a conhecer um novo documento (Roadmap Reviews: Update document), esta segunda-feira, dia 5 de abril, em que faz saber que “dado o estado da pandemia no exterior, e o progresso dos programas de vacinação em outros países, ainda não estamos em posição de confirmar que as viagens não essenciais podem recomeçar a partir desse ponto”.
“Levando em consideração a situação mais recente com variantes e as evidências sobre a eficácia das vacinas contra elas, iremos confirmar com antecedência se as viagens internacionais não essenciais podem ser retomadas no dia 17 maio, ou se precisaremos de esperar mais”, lê-se no documento.
A indústria das viagens do Reino Unido reagiu “furiosamente” ao conteúdo do documento, escreve o The Independent, citando o presidente-executivo do aeroporto de Heathrow, John Holland-Kaye: “Perdeu-se a oportunidade de proporcionar mais certeza para reunir famílias separadas por restrições de viagem, para dar aos amantes do sol a confiança para fazer reservas com antecedência para as suas férias de verão e para ajudar as empresas em todo o país cujas ambições estão em suspenso pela pandemia. Agora que um processo seguro e cientificamente comprovado foi acordado, é necessário um cronograma mais claro para o retorno às viagens internacionais.”
Desde o terceiro confinamento que começou há exatamente três meses, as viagens internacionais para fins não essenciais tornaram-se ilegais no Reino Unido. Atualmente, qualquer pessoa que tente viajar para o exterior enfrenta uma multa de £ 5.000.
Este último documento apresentado pelo governo confirmou que as viagens estarão sujeitas a um sistema de “semáforos” , nos quais cada país será listado em vermelho, amarelo ou verde, em função do risco de contágio e do estado de vacinação nestes destinos.
Pessoas que viajem para países em “verde” não terão de entrar em quarentena no regresso ao Reino Unido, mas no caso de um território em “amarelo” e os que estiverem num destino em “vermelho” terão de cumprir um período de isolamento de dez dias em hotéis designados pelo Governo.
Companhias britânicas pedem fim de restrições nos voos internacionais
Entretanto, também esta segunda-feira, dia 5 de abril, ficou a saber-se que os administradores de várias companhias aéreas que operam no Reino Unido apelaram ao primeiro-ministro, Boris Johnson, para que dê “luz verde” em maio aos voos internacionais para impulsionar a economia britânica.
Segundo noticia hoje o jornal The Sun, administradores da British Airways, EasyJet, Jet2.com, Loganair, Ryanair, Tui e Virgin Atlantic enviaram uma carta a Johnson para solicitar o regresso imediato de voos para o estrangeiro, uma vez que, atualmente, os britânicos estão proibidos de fazer férias fora do Reino Unido.
“Não pode haver recuperação económica sem a aviação e estamos confiantes de que temos as ferramentas para permitir um início seguro e confiável das viagens aéreas em maio”, escreveram os representantes das companhias aéreas.
“Acreditamos que os passageiros vacinados não devem estar sujeitos a restrições de viagem e que o teste à covid-19 pode diminuir as barreiras para viajar”, acrescentaram.