A recuperação da atividade turística está a levar ao aumento do interesse dos investidores no setor. Os investidores planearem investir na Europa a mesma quantidade de capital, se não mais, do que antes da pandemia, de acordo com um inquérito da Cushman & Wakefield. Neste momento, as maiores preocupações dos investidores são os custos de construção e o aumento da inflação.
Com base num inquérito aos principais investidores hoteleiros, incluindo representantes seniores das principais empresas de capital privado, fundos, REITs e outros investidores institucionais ativos no mercado imobiliário hoteleiro europeu, a Cushman & Wakefield afirma que cerca de 80% dos investidores tencionam investir o mesmo capital, ou mais, em imóveis hoteleiros como antes da pandemia.
41% dos investidores destinarão aos hotéis o mesmo capital do que antes da pandemia, enquanto que 38% vai aumentar o orçamento destinado a esse investimento.
O Reino Unido, Irlanda, França, Alemanha, Península Ibérica e Itália são os cinco mercados mais atrativos para o investimento hoteleiro, de acordo com os dados recolhidos. Quando analisados por cidade, destacam-se Paris, Londres, Amsterdão e Madrid.
Qual é o desconto mínimo de preço, em relação aos níveis de 2019, que os investidores necessitam para considerar uma nova oportunidade de compra? A consultoria diz que “a maioria dos investidores procura descontos modestos”.
De acordo com os resultados da pesquisa, três em cada dez (32%) disseram que entre 5 e 10% de desconto, enquanto um quarto espera descontos entre 10 e 15%.
Um relatório recente da CBRE, sobre o valor dos ativos hoteleiros, destacou que este ano o reajuste em relação ao final de 2019 será de -4% no caso dos hotéis de férias e -4,5% no produto urbano para o final do ano. segundo trimestre de 2022.
O estudo revela ainda que, como consequência da pandemia, existe uma “polarização do sentimento de investimento”.
72% dos investidores consideram que os aparthotéis são mais atrativos para investir, 69% vêm os resorts como um produto mais interessante, enquanto que quatro em cada dez (40%) diz o mesmo dos hotéis de luxo.
Embora se mantenha a intenção de crescer no imobiliário hoteleiro, o aumento generalizado dos preços está a alertar os investidores. A maior preocupação, no momento, é o aumento dos custos de construção, seguido pelo aumento do custo dos serviços públicos e em terceiro lugar a inflação.
96% dos investidores hoteleiros, consultados pela Cushman & Wakefield, disseram que o mercado de lazer vai recuperar em 2023. Nas cidades regionais a recuperação chegará em 2024 (93%) e para 88% a recuperação nas grandes cidades também terá que esperar mais dois anos.