O presidente eleito da Associação de Sócios Gerentes e Agências de Viagens e Turismo (ASGAVT), Miguel Quintas, defendeu esta quarta-feira, dia 7, a importância de existir mais do que uma associação do setor da distribuição. “Acima de tudo garante concorrência e a concorrência é de salutar, não há mal nenhum em haver mais associações. Só por isso, já é suficientemente interessante, importante e desejável haver uma outra associação neste mercado, todos ganhamos com isso”, disse.
Miguel Quintas falava na tomada de posse da nova direção da ASGAVT. O responsável começou por lembrar a história da associação, que foi criada há dois anos, durante a pandemia, com o objetivo “muito claro de proteger os interesses dos sócios gerentes das agências de viagens”, não esquecendo “a proteção da própria classe dos agentes”.
Com esta nova direção, afirma, o objetivo “engrandeceu e o foco vai ser uma proteção clara das agências de viagens para que ganhem peso e visibilidade” e, com isso, possam “defender os interesses da sua classe”, algo que “se calhar tem falhado aqui e acolá nos dias de hoje”, defende.
Quanto à equipa que compõe esta nova direção, Miguel Quintas descreve-a como “a mais inclusiva do nosso setor”. “Temos pessoas que pertencem a vários grupos de agências de viagens, Airmet, Air Venture, GEA, DIT Portugal, Mercado das Viagens e By Travel. Faltou um grupo, o que não significa que não tenhamos já dentro dos nossos associados membros de todos os grupos em Portugal, sem exceção, é algo muito relevante, porque é um sinal daquilo que queremos mostrar ao mercado, ou seja, somos uma associação inclusiva, e não defende nenhum interesse de A ou B em específico, defende, sim, os interesses do mercado na sua totalidade”, declara.

O programa da nova direção está a ser preparado e deve ser revelado nas próximas duas semanas. No entanto, Miguel Quintas revela que se focará em quatro áreas: Finanças, Comercial, Formação e Eventos
Na cerimónia da tomada de posse, o presidente da ASGAVT destacou duas medidas do programa: a revisão estatutária e a implementação do Dia do Agente de Viagens.
Miguel Quintas justifica a primeira medida com a necessidade de garantir “a democraticidade e independência” da associação. Para o responsável, isso só acontece “quando há um número limite de mandatos, quando membros dos órgãos principais de cada associação, nomeadamente o presidente da Assembleia Geral não tem uma sociedade com o presidente da Direção, e em que também não existem laços familiares”, exemplifica. “As agências têm nos pedido esta independência. Vamos claramente lutar por isso de uma forma forte e redonda, e isto implica uma alteração”.
Assim, a proposta de alteração dos estatutos consiste em converter a ASGAVT numa entidade associativa “puramente comercial”. “Os sócios vão ter de converter as suas agências em membros da ASGAVT”, adianta.
Quanto à segunda medida, a ASGAVT vai implementar o Dia do Agente de Viagens em Portugal. “As agências de viagens têm sofrido uma erosão grande daquilo que é a sua atividade, em termos de rentabilidade e a verdade é que as agências não têm sido reconhecidas no seu esforço diário, embora sejam uma classe muito grande dentro do espectro económico em Portugal. É fundamental para nós que o setor, e a economia de um modo geral, reconheça o papel do agente de viagens, reconheça que está próximo dos clientes quando é necessário”. O dia ainda não está definido, mas será revelado em breve, assim com mais pormenores, para já sabe-se que a associação deseja que esta efeméride esteja “vertida em alguém importante da nossa nação e que tenha tido um papel de relevo histórico em Portugal”.
Sobre o número de associados da ASGAVT (mais de 80 sócios), Miguel Quintas sublinha “o crescimento e a inscrição de sócios nos últimos dias, sendo um sinal claro que há vontade de se associarem à ASGAVT, pelo o que representa e pelo o trajeto que já tem em Portugal”
O responsável não esconde que o maior desafio da associação neste momento é “atrair mais sócios para a associação”. Para isso acontecer, afirma: “Temos que ser muito competentes no trabalho que fazemos, só é possível quando entregamos às agências aquilo que precisam e procuram dentro de uma associação”.
Apesar de não apontar uma meta para o número de associados que pretende angariar, Miguel Quintas diz que “o céu é o limite”. Do contacto que tem tido com as agências, o feedback é “extremamente positivo”. “O que me dizem é que a existência de um concorrente no mercado é fundamental para agitar o próprio associativismo do setor, referem a garantia de transparência, independência existente dentro dos órgãos da associação e a vontade de ver coisas a acontecer”.
Sobre se a associação trabalharia com a APAVT, Miguel Quintas diz que “trabalhamos com toda a gente e com todas as entidades do setor, havendo oportunidade e fazendo sentido trabalhar com concorrentes nossos, faremos. Espero eu que o contrário também seja verdade, vamos ver.
Já quanto à realização de um congresso, o responsável afirma que ainda é “cedo” para falar do tema, mas não esconde “interesse e vontade de o fazer”. “Hoje ainda é cedo para responder a isso, gostaria muito porque é um sinal de força e, acima de tudo, de união das agências de viagens. O que é certo é que se fizermos, será claramente diferente dos congressos típicos que existem nas associações neste momento”.
Lista dos novos órgãos sociais da ASGAVT:
ASSEMBLEIA GERAL | NOME | AGÊNCIA |
Presidente | Madalena Fernandes | Repartir |
Vice – Presidente | Marco Velez | Leiriviagem |
Secretário | Lidia Leal | Oestetur |
CONSELHO FISCAL | ||
Presidente | Fernando dos Santos | Mercado das Viagens |
Vogal Relator | Raquel Campo Grande | Holiday Store |
Vogal Relator | Pedro Dias | Beautiful Travel |
DIRECÇÃO | ||
Presidente | Miguel Quintas | Consolidador.com |
Vice – Presidente | Luis Henriques | Go Discover |
Secretário | Luis Cabral | Tropical Season |
Tesoureiro | Sérgio Teixeira | TravelFlex |
Vogal | Tiago André | Globe Travel |
(Suplente) | Luisa Alexandra Torcato | By-Travel |
(Suplente) | Luciano Baetz | Vamos Fugir? |