No Moxy Lisboa Oriente todos os caminhos vão dar ao lobby do hotel, a peça central desta unidade que abriu há um mês, resultado de uma parceria entre o proprietário, o grupo belga Krest, e a Hoti Hoteis, gestora da unidade. Com um target bem identificado – millennials e nómadas digitais, o Moxy Lisboa Oriente representa todos os valores da marca: diversão, irreverência, conforto e descontração.
É preciso recuar a 2013 para recordar o início da marca criada pelo gigante da hotelaria, a Marriott International. Já se falava da geração millennial, mas ainda nada sobre os nómadas digitais – o o segmento de viajantes que a pandemia trouxe para “a ribalta”. Foi num Fórum de Investimento Hoteleiro, em Berlim, que a Marriott anunciou a criação de uma nova marca de hotéis de três estrelas, a Moxy Hotels, em parceria com a Inter Hospitality, subsidiária do grupo IKEA para o desenvolvimento de projetos no setor hoteleiro.
O primeiro hotel abriu em Milão, no início de 2014, com um ambicioso plano de chegar aos 150 hotéis através de contratos de franchising nos 10 anos seguintes um pouco por toda a Europa.
Descrita como uma marca de hotel divertida, acessível e elegante, projetada “para oferecer aos hóspedes tudo o que eles querem e nada que não façam”, tem agora mais de 60 hotéis em todo o mundo. Foi talvez das primeiras marcas a quebrar as regras de uma estadia convencional num hotel, começando com o check-in no bar. O Moxy Lisboa Oriente não é exceção. Localizado junto à Estação do Oriente, em Lisboa, ao entrar os hóspedes encontram uma combinação de receção e bar onde podem fazer o check-in, enquanto são convidados a desfrutar de um cocktail de assinatura Moxy.
Um dos aspetos mais exclusivos das operações da Moxy está no modelo da equipa. Em vez de funcionários na receção e no bar, os hotéis Moxy têm uma crew (tripulação) e, em vez de um diretor formal, a tripulação é liderada por um capitão. No caso do Moxy Oriente o capitão é Fernando Amorim e ele que conduz a nossa visita pelo hotel. Começamos no lobby, um grande espaço com um ambiente industrial, ao qual a decoração deu cor, vida e conforto, com peças divertidas e irreverentes. No centro, o bar marca o ambiente, que se quer descontraído e informal, rodeado de mesas, sofás e cadeiras de vários estilos para horas de trabalho ou convívio. A mezzanine, que exibe um grande mural de arte urbana, da autoria de Akacorleone, abre outro leque de opções de espaços para co-working e lazer com ginásio e salas de reunião de uso livre e um set up diferente do tradicional, com sofás, mesas cadeiras e peças decorativas. Todo o conceito do lobby está pensado para que os clientes se sintam confortáveis neste espaço. A oferta de F&B, em self service, está disponível 24 horas, 7 dias por semana.
A vivência do hotel está definitivamente concentrada no lobby, deixando para os quartos o papel apenas de descanso. Os quartos não têm serviço de mini-bar, justamente para ir ao encontro desta ideia de conduzir os hóspedes ao lobby. No total, o Moxy tem 222 quartos, confortavelmente decorados e equipados com entradas USB e serviços de internet de alta velocidade, característica da marca, para que os hóspedes possam estar sempre conectados. Exibem uma decoração divertida, com almofadas irreverentes e telefones retro, que os hóspedes podem usar para ouvir bedtime stories.
Ao lado do Moxy Lisboa Oriente está a ser construída a torre de escritórios K-Tower, do mesmo grupo promotor, a Krest. Claude Kandiyoti, CEO da promotora imobiliária belga, que o TNews encontrou no hotel durante a visita, afirma que a ideia é criar um complexo que traga uma nova dinâmica a esta zona do Parque das Nações, “onde faltava um hotel de 3 estrelas com este conceito para millennials, e que desfruta a vida no lobby e usa o quarto só para dormir. Para isso precisa apenas de uma cama confortável, mas passa o resto do dia no lobby do hotel. Encontramos no lobby vários espaços para sentar, interagir com os outros”.
A K-Tower já está arrendada à Critical TechWorks, “joint-venture” da Critical Software e da BMW. Será o centro de desenvolvimento de todo software da nova geração de carros elétricos da BWM. “Arrendaram esta torre também por causa do hotel, porque vêm pessoas de Munique e o aeroporto de Lisboa está a 3 minutos”.