Sexta-feira, Outubro 11, 2024
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Cultura e história da Europa atraem os viajantes de longo curso apesar do aumento dos custos

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Os viajantes de longo curso estão a mostrar entusiamo para explorar os destinos europeus neste outono. Apesar das preocupações com os elevados custos de viagem e as tarifas aéreas inflacionadas, 74% dos inquiridos chineses tencionam visitar um destino europeu entre setembro e dezembro de 2023. Este valor representa um aumento de 10% desde o mesmo período do ano passado e um aumento de 9% em relação ao outono de 2019. O entusiasmo pelas viagens também aumentou ligeiramente nos EUA (+3%) e no Canadá (+2%), apesar do aumento da inflação.

Estes foram os dados revelados pelo último Barómetro de Viagens de Longo Curso (LHTB) publicado no passado dia 12 pela European Travel Commission (ETC) e pela Eurail BV. O LHTB monitoriza as intenções dos viajantes de visitar a Europa em seis mercados-chave de longo curso – Austrália, Brasil, Canadá, China, Japão e Estados Unidos. A última edição abrange o sentimento de viagem no período de setembro a dezembro de 2023.

Na Austrália e no Brasil, a intenção de viajar para a Europa diminuiu ligeiramente em comparação com o ano passado. A Austrália registou um decréscimo de 3%, possivelmente devido ao maior interesse em explorar outros destinos e à temporada de verão no Hemisfério Sul, tornando as viagens domésticas mais atrativas. O Brasil também registou um decréscimo de 3%, mas o sentimento continua forte neste mercado, com mais de metade (52%) dos inquiridos a manifestar o desejo de viajar para a Europa.

Os inquiridos japoneses revelaram um aumento significativo na intenção de viajar para a Europa, mais 12% em comparação com o mesmo período em 2022. No entanto, apesar da tendência positiva, o Japão continua a ser o mercado mais reservado entre os inquiridos, com apenas 25% a planear visitar a Europa nos próximos meses.

“Após um longo período de interrupção devido à pandemia, a Europa está a restabelecer a sua ligação com os turistas asiáticos. O nosso apelo continua a ser forte para os viajantes de longo curso de todo o mundo, sendo a cultura e a história da Europa o maior atrativo. É particularmente encorajador ver a crescente popularidade dos caminhos de ferro e o aumento do interesse dos turistas pelas viagens lentas”, afirmou Miguel Sanz, presidente da ETC.

“Os preços elevados estão a alterar a forma como os turistas planeiam viajar”

Embora o desejo de viajar para a Europa se mantenha globalmente forte, os potenciais viajantes nos seis mercados referem os preços elevados como o seu principal fator de dissuasão. Isto aplica-se especialmente ao Brasil e à Austrália, onde 45% e 40% dos viajantes, respetivamente, sentem-se desencorajados a passar férias na Europa devido aos elevados custos. Consequentemente, um número crescente de viajantes em todos os mercados estão a dar maior importância à perceção da acessibilidade dos serviços e experiências no destino (32%) em comparação com o ano passado (28%).

De acordo com o estudo, perante o aumento dos custos relacionados com as viagens, os turistas estão a adotar novas estratégias para maximizar a sua experiência e, ao mesmo tempo, respeitar o orçamento disponível. A tática mais popular é a redução das despesas de compras (35%), uma abordagem que é particularmente popular entre os inquiridos do Canadá, Austrália e Japão.

Os viajantes de longo curso são particularmente atraídos pela cultura e história da Europa

A cultura e a história são mencionadas como os principais atrativos da Europa para os viajantes em 5 dos 6 mercados inquiridos. A exceção é a China, onde o forte interesse dos viajantes são as experiências gastronómicas e urbanas.

É de salientar que o interesse global pelas viagens lentas está a aumentar este outono (+7% em comparação com 2022), especialmente entre os turistas do Japão, Austrália, Canadá e EUA.

As condições climatéricas favoráveis são outro fator determinante do local para onde os inquiridos escolhem viajar. As considerações climáticas são especialmente importantes para os turistas chineses (39%), seguidos pelos australianos e brasileiros (ambos com 34%).

Os viajantes preferem o comboio e os voos de baixo custo para se deslocarem entre destinos europeus

Os viajantes australianos revelaram uma “mudança interessante” no meio de transporte preferido entre destinos. Embora as viagens aéreas continuem a ser a escolha predominante, registou-se um aumento (+8%) no interesse por passes de comboio e uma ligeira subida nas viagens de autocarro (+2%).

Para os turistas canadianos, as viagens de comboio continuam a ocupar o primeiro lugar como modo de transporte preferido, sendo que 34% dos inquiridos estão inclinados a comprar um passe de comboio e 32% estão interessados em comprar pelo menos um bilhete de comboio simples. Por sua vez, “os viajantes norte-americanos também estão a ser atraídos pela acessibilidade do transporte ferroviário e pela eficiência dos tempos de viagem, apesar de tradicionalmente preferirem o transporte aéreo”, revela o relatório.

Embora o comboio tenha sido a escolha preferida dos viajantes brasileiros, as viagens de avião estão a ganhar popularidade, com o interesse em voos de baixo custo a aumentar 13% no mercado brasileiro. A mesma tendência pode ser observada no mercado canadiano, no qual a popularidade de voos de baixo custo aumentou 9%.

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