O custo global do crime cibernético deverá aumentar quase 40% e atingir os 11,5 triliões de dólares em 2023, de acordo com dados apresentados pelo site americano Augusta Free Press.
Embora as empresas tenham aumentado significativamente seus orçamentos de segurança cibernética, ataques cibernéticos como violações de dados, phishing, ataques de ransomware ou espionagem cibernética ainda representam um dos maiores riscos no setor empresarial.
“Os números da Statista mostram o quão grande é o problema. Entre 2016 e 2019, os custos globais de crimes cibernéticos aumentaram 90%, passando de 610 mil milhões de dólares para 1,16 trilião de dólares. Esses custos incluem dinheiro roubado, danos e destruição de dados, perda de produtividade, roubo de propriedade intelectual, roubo de dados pessoais ou financeiros, interrupção pós-ataque no curso normal dos negócios, restauração e exclusão de dados e sistemas invadidos e danos à reputação”, refere o artigo.
Durante a pandemia, os números explodiram. Com empresas e organizações em todo o mundo a aceleraram a digitalização de seus negócios, o custo anual do crime cibernético aumentou 155% em relação ao ano anterior, para 2,95 triliões de dólares. No ano passado, o custo anual dos ataques cibernéticos duplicou para quase 6 triliões de dólares e continuou a aumentar.
A pesquisa da Statista mostrou que o cibercrime deve causar danos que totalizam 8,44 triliões de dólares este ano, um aumento impressionante de 630% desde 2019. Se fosse medido como um país, o cibercrime seria a terceira maior economia do mundo, depois dos EUA e da China.
A pesquisa da Statista mostrou que o custo crescente dos ataques cibernéticos continuará a impulsionar o crescimento dos orçamentos de segurança cibernética.
Em 2022, o mercado global de segurança cibernética deverá atingir quase 160 mil milhões de dólares em receita. Os três principais mercados, Estados Unidos, China e Japão vão gerar 80% desse valor.
Com uma receita de 86,2 mil milhões de dólares, os serviços de segurança cibernética, como análise de risco de dados, mascaramento de dados e descoberta de vulnerabilidades, são o setor de maior e mais rápido crescimento do mercado. Espera-se que esse número chegue a quase 94 mil milhões no próximo ano.
A indústria do turismo também tem sido alvo de ciberataques. Na semana passada, gigante da hotelaria InterContinental Hotels Group anunciou que parte dos seus sistemas de tecnologia da empresa foram sujeitos a atividades não autorizadas.
O grupo hoteleiro contratou os serviços de especialistas externos para investigar o incidente e também notificou as autoridades reguladoras.
No passado dia 25 de agosto, a TAP foi alvo de um ciberataque, mas a companhia garantiu na altura que a segurança dos voos não foi afetada. A transportadora aérea portuguesa afirmou ter tomado medidas de contenção para garantir a segurança da empresa e dos clientes após a divulgação de alegações de roubo de dados por um grupo organizado de crime informático.