O secretário-geral da Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor (ARAC), Joaquim Robalo de Almeida, considera o prolongamento do Apoio à Retoma Progressiva (ARP) até à normalização da atividade uma “medida claramente bem-vinda”, tendo em conta que este mecanismo permitiu às empresas associadas da ARAC a manutenção dos postos de trabalho durante a pandemia.
“As empresas têm mostrado uma grande resiliência até agora, e foram céleres a adaptar-se e a responder aos novos desafios. Contudo, constatamos no seio das empresas uma grande incerteza em relação ao futuro, à evolução do turismo no período que atravessamos, à resposta dos principais mercados emissores de turismo e à possibilidade – embora menor – do surgimento de novas vagas pandémicas. São pois muitas variáveis que comprometem a recuperação das empresas e na confiança dos mercados”, refere o responsável em entrevista ao TNews..
“É importante que os tão falados apoios da “bazuca” cheguem rapidamente, pois os disponíveis atualmente são manifestamente insuficientes, que esperamos, contudo, venham a ser reforçados com a máxima brevidade, pois, caso tal não, aconteça a situação poderá agravar-se rapidamente”, considera, sublinhando que “é urgente que o Governo conceda apoios mais significativos, de modo a que as empresas possam sobreviver e manter os postos de trabalho, o que tem sucedido até à presente data”, com exceção dos trabalhadores contratados a termo certo, devido á quebra da atividade económica”.
De uma grande importância para as empresas associadas da ARAC são igualmente as medidas que associação tem “reiteradamente” apresentado ao Governo em sede de fiscalidade, nomeadamente as que respeitam à revisão do ISV – Imposto Sobre Veículos e ao IUC – Imposto Único de Circulação aplicáveis às empresas de rent-a-car. “São de vital importância para fazer face à concorrência com os demais países da União Europeia com um quadro fiscal muito mais favorável à atividade de rent-a-car face ao português, sobretudo quando a comparação é feita com Espanha, o qual é o nosso concorrente mais direto”.
Com vista a estimular a procura e reavivar a economia do Turismo em Portugal, a ARAC defende a aplicação a taxa de IVA intermédia ou reduzida a este setor, à “semelhança dos transportes públicos, táxis e passeios, hotéis e restaurantes, para não referir que os transportes aéreos e marítimo têm taxa zero”.
Em suma, Joaquim Robalo de Almeida considera que as medidas do Governo no apoio às empresas “têm sido muito positivas”, mas que no caso do rent-a-car, “pelas razões expostas, deveriam ser mais robustas”.