As Maldivas estão em contracorrente na procura de viagens dos portugueses. Se é verdade que a pandemia travou as viagens ao estrangeiro, também é verdade que as Maldivas são o destino “fenómeno” desta pandemia.
Nuno Mateus, diretor geral da Solférias, confirmou esta tendência, durante a apresentação da programação da Solférias, no passado dia 15 de abril. Na altura, o responsável do operador disse que maioria das vendas concentra-se em voos relativamente curtos, à exceção das Maldivas. “As pessoas não querem fazer escalas, mas, depois, para furar toda a nossa teoria temos as Maldivas, que é um verdadeiro case study. É qualquer coisa de extraordinário, talvez por ser um destino exclusivo”.
Aqui ao lado, em Espanha, a Iberia vai inaugurar no verão uma nova rota para as Ilhas Maldivas, com dois voos diretos por semana de Madrid em julho e agosto. Trata-se de uma novidade naquela que é política tradicional da Península Ibérica, com um voo ponto-a-ponto de longo curso exclusivamente para turistas.
E se Portugal tivesse um voo direto para as Maldivas?
Esta quarta-feira, dia 28 de abril, começaram a surgir rumores no mercado de um possível voo para as Maldivas. O tema acabou por ser abordado no direto da página de facebook dos A-gentes em Viagem, que contou com a participação do presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira.
Questionado sobre essa possibilidade, já que a procura pelas Maldivas aumentou e existem muitos aviões que ficaram sem rotas, Pedro Costa Ferreira afirmou que “não é uma ideia tola”, mas “não sei até que ponto existe massa crítica. Sei uma coisa: se existir oportunidade vamos ter algures alguém num operador turístico a tentar fazer a experiência”
Contudo, Pedro Costa Ferreira explicou o porquê que não existirem ainda voos charters de Portugal: “As operações charters funcionam melhor numa semana ou duas, por questões técnicas. Se for para as Maldivas vou por dez dias, não por uma semana ou quinze dias. Isso talvez seja uma resposta para anão existência eventual de um charter”.
“Conhecemos os nossos operadores, e sabemos a sua excelência e criatividade, se houver uma oportunidade não tenho dúvidas que alguém vai arriscar”.
“Para haver uma operação dessa envergadura, e ser um operador a fazê-la, nunca poderia ser levada a cabo individualmente dado o elevado grau de risco que envolve, e particularmente num destino que não é propriamente barato. A haver operadores envolvidos teria de ser uma operação pool com vários envolvidos”, refere fonte do setor ao TNews. A mesma fonte afirma existir a informação de um voo direto de Portugal da SATA Air Açores para as Maldivas, confirmado por um receptivo local a agentes de viagens portugueses. Mas no site da companhia portuguesa não há nenhuma informação.
Com ou sem voo direto, as agências de viagens reconhecem os esforços dos operadores portugueses para facilitar a reserva para o destino. “Por um lado a pandemia veio ajudar os operadores a reestruturarem os sites, hoje em dia é super fácil orçamentar as Maldivas para qualquer cliente, com poucos cliques já temos o orçamente pronto a enviar ao cliente. Parabéns aos operadores que deram um refresh para ajudar os agentes a venderem melhor”, disse Thiago Espanha durante o direto no facebook.
Carina, obrigado em nome dos Agentesemviagem por dares eco ao nosso trabalho de divulgação do Turismo. Estamos Juntos!