Durante o evento de celebração do Dia Nacional do Agente de Viagens, Pedro Machado, Secretário de Estado do Turismo, anunciou que está para breve a criação do Estatuto do Agente de Viagens, bem como a apresentação de um pacote de medidas para o setor. Em paralelo, o governante garantiu que 2024 será “um ano recorde e extraordinário” para o turismo em Portugal. “No entanto, só será recorde se crescermos em valor de operação e essa é uma das preocupações que temos”, disse.
Estas informações foram reveladas na passada terça-feira, dia 28, durante o evento de celebração do Dia Nacional do Agente de Viagens, organizado pela Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que juntou profissionais do setor no Hotel Mundial, em Lisboa.
“Representamos hoje, para alguns, 16% do nosso produto, para outros eventualmente mais, se somarmos os efeitos induzidos e percecionados do que representa a indústria do turismo em Portugal. Além disso, somos essencialmente um dos melhores destinos do mundo para o turismo, estamos em décimo segundo lugar, portanto, os indicadores apontam para um crescimento substantivo”, avançou Pedro Machado.
Por sua vez, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, começou por dizer que o Dia Nacional do Agente de Viagens será assinalado em três dimensões diferentes. Em primeiro lugar, a “dimensão económica desta tribo”. “Atualizámos os números do setor e, para efeito direto, indireto e induzido, o impacto da distribuição turística na economia são 5,8 mil milhões de euros, o que corresponde a 2,4% do PIB. Já em termos de valor acrescentado bruto corresponde a 16 Auto Europas”.
Além disso, são responsáveis pela criação de 126 mil postos de trabalho, o que representa 2,3% do total nacional. O setor tem ainda um impacto no rendimento das famílias de 3,9 mil milhões, totalizando 3,5% do total nacional.
“É uma dimensão económica muito maior do que aquilo que pensamos quando olhamos apenas para a rua onde está a nossa agência. Somos pequenos, mas somos uma teia muito importante e que tem dado um grande contributo ao turismo português e à economia nacional”, afirmou Pedro Costa Ferreira.
“Nós, agentes de viagens, temos uma ligação única com o cliente. Na pandemia, fomos nós que os repatriámos a todos e que passámos a ligar os destinos turísticos aos passageiros na retoma da economia. Fomos os primeiros a abrir os aeroportos e fomos, certamente, os responsáveis por tanta recuperação económica”, concluiu o presidente da APAVT.
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