Quinta-feira, Janeiro 23, 2025
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Estudo: Setor de viagens corporativas fecha ano em alta e projeta expansão para 2025

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O setor global de viagens corporativas está a fechar o ano de 2024 com um sentimento otimista, com 86% dos profissionais a reportar um desempenho que atingiu ou superou as expectativas. Tudo aponta para um “forte desejo” de expansão das viagens de negócios em 2025.

Estas são as conclusões do estudo mais recente da Global Business Travel Association (GBTA), que inquiriu 890 profissionais de viagens corporativas sobre o presente e o futuro da indústria de viagens de negócios. De acordo com o relatório, 67% dos profissionais adiantaram que estão otimistas para o futuro do setor.

“As descobertas da GBTA ilustram uma indústria em um ponto crucial. As viagens corporativas estão mais do que se recuperando, estão se transformando − impulsionadas pela necessidade de gerenciar custos e riscos, garantir forte produtividade e experiência do viajante e impulsionar o crescimento responsável. À medida que 2025 se aproxima, os líderes da indústria estão equilibrando expansão com responsabilidade, buscando aproveitar novas tecnologias, tendências de viagem e práticas sustentáveis ​​para permitir que as viagens corporativas continuem a oferecer um valor incrível em um mundo em rápida mudança”, comenta Suzanne Neufang, CEO da GBTA.

Otimismo para o presente e o futuro

Os resultados do inquérito revelam que 93% dos compradores de viagens corporativas e 79% dos fornecedores consideram que o setor atendeu ou superou as suas expectativas. De olhos postos no futuro, dois terços (67%) dos profissionais afirmam que têm uma perspetiva otimista para o próximo ano, sendo que apenas 6% se encontram pessimistas.

O sentimento positivo é mais acentuado na América do Norte e na América Latina, com 71% e 72%, respectivamente. Também os compradores (71%) estão mais otimistas do que os fornecedores (62%) quanto às suas perspetivas para 2025.

Não obstante, são poucos os inquiridos que planeiam limitar as viagens corporativas no próximo ano. Enquanto 55% diz que provavelmente não pretende ou não está a considerar reduzir as viagens de negócios em 2025, apenas 17% adianta que estas serão limitadas por razões económicas.

Além disto, 52% dos compradores prevê um aumento dos seus orçamentos de viagens corporativas, com 7% a antecipar que estes sejam “significativamente” maiores. Já 16% esperam orçamentos mais reduzidos.

Quanto aos principais fatores impulsionadores do seu otimismo para o próximo ano, os compradores e fornecedores de viagens de negócios referiram: os custos de viagens estão a diminuir e os orçamentos corporativos estão a acompanhar o ritmo (46%); a melhoria da economia e redução da inflação (44%); e o aumento da confiança dos viajantes e a existência de mais pedidos de viagens (40%).

Tendências emergentes dos viajantes de negócios

O estudo reflete as mudanças nas preferências dos viajantes. A tendência de “viagens combinadas”, onde o trabalho se junta ao lazer, continua a aumentar, com 46% dos compradores a afirmar que estão a ser feitas mais viagens de “bleisure” em relação ao ano passado. Em contraste, 9% nota uma redução nas viagens combinadas.

A GBTA conclui também que existe uma recuperação das reuniões presenciais. 59% dos compradores referem que os funcionários da sua empresa estão a participar em mais reuniões e conferências face a 2023. Ainda mais, 45% diz que os seus colaboradores demonstraram uma maior vontade de viajar mais este ano.

Oportunidades e desafios das novas tecnologias: IA e NDC

Com a transformação digital como prioridade nas agendas das empresas, quase metade (49%) dos programas de viagens estão a planear aumentar os investimentos tecnológicos. “No entanto, os desafios persistem — restrições orçamentárias, problemas de integração e segurança de dados continuam a ser obstáculos significativos que as organizações devem abordar para concretizar todo o potencial da tecnologia”, alerta a GBTA.

A inteligência artificial (IA) continua a ganhar força como uma ferramenta essencial para as empresas do setor. Segundo o estudo, 44% dos inquiridos, face aos 32% em 2023, referem que estão animados com o impacto da IA no setor de viagens corporativas. Já 23% considera que ainda é muito cedo para determinar o impacto da IA.

Apenas 14% dos compradores utilizam IA atualmente nos seus programas de viagens, mais 8% do que o ano passado, o que sugere “um aumento no interesse e na taxa de adoção”. Para 34% dos compradores inquiridos a IA não é uma prioridade, enquanto 26% vê a tecnologia emergente como uma prioridade baixa ou sem prioridade.

O estudo afirma também que o New Distribution Capability (NDC) se destaca como “uma área crítica onde o impulso do setor para inovação encontra desafios práticos”. A implementação da tecnologia é mais forte na Europa (54%) e na região Ásia Pacífico (50%), em comparação com a América do Norte (45%) e a América Latina (29%).

A jornada de adoção do NDC reflete uma “mistura de entusiasmo e obstáculos”, diz a GBTA, com 16% a reportar uma implementação perfeita e 31% a enfrentar desafios. “Isto delineia um cenário de otimismo cauteloso e o reconhecimento do NDC como uma evolução essencial, mas desafiadora, na distribuição de viagens”, analisa.

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